Caçulinha merecia maior reconhecimento em vida
Músico morreu nesta segunda-feira (5), após dias internado por causa de um infarto
Quem viveu os anos 90 certamente não batido pelos jingles do "Domingão do Faustão" tocados por Caçulinha. Pianista virtuoso e carismático, o músico tornou-se uma espécie de fiel escudeiro de Fausto Silva, responsável por tocar as músicas de empresas como Bamerindus e Fininvest. Por si só, essa época no dominical de maior audiência do país já teria sido suficiente para deixar Rubens Antônio da Silva, seu nome verdadeiro, no coração e na memória do brasileiro. Caçulinha, entretanto, tinha uma história ainda maior.
O músico, que morreu aos 84 anos nesta segunda-feira (5) após um período internado por causa de um infarto, começou a vida no piano aos 8 anos. Filho de um violeiro, gravou 31 discos ao longo da vida, sendo o primeiro aos 19. Foram mais de 60 anos de uma carreira muito bem sucedida, que, na televisão, chegaram a incluir programas clássicos como "Fino da Bossa", comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues na Record, em 1965. Chegou até mesmo até uma atração para chamar de sua, na Band, "Caçulinha Entre Amigos", na Band.
A parceria com Fausto Silva começou no "Perdidos na Noite" e foi levada para a Globo, com o "Domingão do Faustão". Na emissora, ainda fez muita gente rir quando se tornou uma espécie de participação especial no "Sai de Baixo", onde fazia a trilha sonora ao vivo, no teatro. Sua carreira na TV ainda seguiu no "Todo Seu", na TV Gazeta, onde formou uma grande parceria com Ronnie Von.
Com um currículo extenso e grande apelo popular, Caçulinha passou os últimos anos longe do grande público, mas merecia mais. O músico, responsável por tantas alegrias, merecia maior reconhecimento em vida. Fará falta, mas estará para sempre no coração e na memória de todos.