Diretor de "Tiger King" agora investiga obsessão por macacos
Nova série documental da HBO segue mais uma personagem exótica e vira hit
Quando exibiu "Tiger King", série documental sobre um criador de tigres obcecado consigo mesmo a ponto de ter uma emissora de TV e lançar discos achando que era famoso, a HBO descobriu que tinha em mãos um dos maiores hits de sua história - e também um filão rentável. Quanto mais exótico o personagem aliado a causas que precisam ser divulgadas, melhor o resultado.
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Não é difícil entender a razão pela qual a emissora convocou Eric Goode para tentar repetir o sucesso. Dos tigres, o diretor agora pula para os macacos, mais especificamente os chimpanzés, em "Chimp Crazy". Nos Estados Unidos, sem legislação específica para a causa, há muita gente que crie os macaquinhos como filhos, sem levar em consideração os riscos. Já houve tragédias enormes no país, com pessoas desfiguradas e desfechos tristes por causa disso. Mas nada disso assusta Tonia Haddix, a protagonista da série da vez.
Loira, de meia idade, viciada em preenchimento labial e perucas, a cuidadora de chimpanzés vira inimiga dos protetores de animais a ponto de mentir para a justiça. O que antes tinha olha de exotismo vira uma espécie de thriller, repleto de segredos. Afinal, um de seus macacos, Tonka, famoso por fazer participações em Hollywood, é dado como morto. Mas nem todo mundo acredita nisso - com razão.
O que se vê em "Chimp Crazy" é um acesso sem precedentes à vida de uma versão feminina de "Tiger King". Igualmente vaidosa, Tonia dá a impressão de que precisa ser ouvida e valorizada, ainda que isso a faça cair em desgraça. A série caminha para ser a mais assistida da HBO nos últimos anos. A plataforma tem nas mãos mais um hit. Ou seja: podemos esperar um investimento grande nesse nicho. Para a nossa sorte. E dos animais, que ganham divulgação sobre sua causa.