Haverá tanto fôlego assim para realities de confinamento?
Dizer que o brasileiro é viciado em reality shows de confinamento é chover no molhado. Mas neste ano, especificamente, o formato tem sido usado à exaustão. Tão logo acaba um, começa outro.
Logo após o "BBB 24", em abril, a Record estreou "A Grande Conquista", que terminou há menos de um mês. Agora, a Globo coloca no ar o "Estrela da Casa", que chegará ao fim às vésperas da estreia de "A Fazenda", que por sua vez termina em dezembro, mês anterior ao "BBB 25". O calendário nunca esteve tão preenchido.
A questão é que, com tantos participantes e tanta repetição de fórmula, há que se refletir se o público não corre o risco de cansar da receita. Difícil decorar o nome de tanta gente e mais, surpreender a audiência cada vez mais treinada para as "surpresas" do formato.
Nos bastidores, há quem ache que a estreia do programa musical ambientado na casa do "Big Brother Brasil" foi uma estratégia da Globo para esvaziar a estreia da atração rural da Record. Não deixa de ser certa ingenuidade, uma vez que tamanho investimento precisa trazer retorno financeiro. E, nesse sentido, o "Estrela da Casa" se deu bem: estreou com 13 anunciantes.
O ibope, no entanto, derrubou o horário da Globo, mas seguiu líder em um dia atípico, no qual competiu com o futebol. Foram 13,6 pontos contra 8,5 do SBT. Sinal de que pode haver desgaste, mas, mesmo assim, muito fôlego. Resta ver como o público se comportará ao longo desse segundo semestre.