Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Série sobre irmãos Menendez exagera nos estereótipos

Produção da Netflix é divertida e provocante, mas pisa fundo nas teorias não comprovadas

25 set 2024 - 13h24
(atualizado às 16h10)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Divulgação/Netflix / Pipoca Moderna

Depois do sucesso de "Dahmer", sobre o famoso serial killer, a netflix incumbiu Ryan Murphy de seguir investindo em criminosos reais. "Monsters", sobre a história dos irmãos Menendez, acompanha a prisão de dois jovens ricos acusados de matar os pais. Basta ver alguns episódios, no entanto, para entender que os tais "monstros" do título não são necessariamente os assassinos. 

Assine Amazon Prime e os primeiros 30 dias são pagos pelo Terra

O caso ficou famoso por ir a julgamento já esclarecido. Os irmãos admitiram terem atirado nos pais enquanto eles assistiam TV em sua mansão, em Beverly Hills. O que chamava atenção, no entanto, era o motivo. No primeiro tribunal do júri exibido ao vivo nos Estados Unidos, vieram à tona acusações de que ambos eram abusados pelo pai e pela mãe desde a infância e quiseram dar um basta por se sentirem ameaçados.

A partir do alto teor sexual e descritivo, a história é conduzida com boas doses de homoerotismo, insinuando um carinho extremo e quase incestuoso entre os protagonistas. Da mesma maneira, a descrição dos abusos pode causar gatilhos fortes em quem assiste - há até mesmo um episódio genialmente dirigido na forma de plano sequência, que consiste basicamente em um personagem contando sua história. 

O que chama atenção é que Ryan Murphy tenha decidido pisar fundo em estereótipos, levantando teses não comprovadas - como a homossexualidade de Erik Menendez, hoje casado com uma mulher, mesmo em prisão perpétua. Personalidades acabam soando como uma só nota, caso do impulsivo Lyle, o outro irmão, ou do pai, José. O elenco todo é um grande acerto e os jovens Cooper Koch e Nicholas Chavez não decepcionam perto de veteranos como Javier Bardem e Chloe Sevigny.

Por fim, a chegada da série ajuda a colocar luz em um caso que teve desfecho controverso, com segundo julgamento claramente influenciado politicamente para ter um desfecho não necessariamente justo. Não à toa, no TikTok, há um grande movimento de jovens que pedem para que o caso seja revisto. Os dispensáveis minutos finais da série, no entanto, acabam por prejudicar uma narrativa bem construída. Ainda assim, vale a pena.

Fonte: Fefito Fefito é jornalista, pós-graduado em direção editorial e mestrando em comunicação. Atualmente apresenta o TV Fama, na RedeTV!, além de ser colunista no Terra. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade