"Vale Tudo" virou a novela que se fala mal antes de assistir
Redes sociais fervilham com críticas ao remake da Globo que ainda nem começou a ser gravado
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Não é por acaso que existe tanta expectativa em torno do remake de "Vale Tudo" que a Globo levará ao ar no ano que vem, a partir de abril. A novela, originalmente escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basseres, é considerada - com razão - uma das melhores da teledramaturgia brasileira e mexer com um cânone desse naipe causa curiosidade por todos os lados possíveis.
Os nomes que têm saído como escalados para o elenco têm sido analisados milimetricamente por fãs de folhetins, que questionam até mesmo se alguns ganharam papéis apenas por terem muitos seguidores. Entrevista concedida por Manuela Dias, autora do remake, nesta segunda-feira (14) para a "Folha de S. Paulo" causou ainda mais controvérsia. Segundo a autora, Odete Roittman, vilã eternizada por Beatriz Segall, atualmente não falaria mal do Brasil. "Sinto que falar que o Brasil é uma porcaria não traz nada hoje em dia", afirma.
Segundo a dramaturga, quem quiser ver a personagem original deve recorrer ao GloboPlay e aponta diferenças, como a liberação sexual feminina aceita hoje. "Não estou dizendo que ela vá ser feminista", diz.
Fato é que tais declarações se espalharam como rastilho de pólvora nas redes sociais. Não faltam debates e críticas. O fato é que, antes mesmo de estrear, antes mesmo de ser gravada, a nova versão de "Vale Tudo" virou uma novela da qual se fala mal antes mesmo de se assistir. Manuela Dias precisará respirar fundo para encarar tamanho desafio. Entrar no ar com uma torcida contra não é confortável.
Resta saber se esse será o começo do fim da era de remakes. Talvez, só talvez, "Vale Tudo" servisse mais como uma inspiração do que como uma história recontada.
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