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Organizadores do Festival Lollapalooza são investigados por trabalho escravo

De acordo com a denúncia, homens que atuavam na informalidade e prestavam serviços para terceirizada foram resgatados esta semana. Eles contam que, após jornadas de 12 horas diárias, não podiam deixar o local do evento e dormiam sobre papelões.

23 mar 2023 - 15h33
(atualizado às 16h37)
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O Festival Lollapalooza recebeu denúncia de pessoas trabalhando em situação análoga à escravidão. Foram resgatadas cinco pessoas que  prestavam serviços para a empresa Yellow Stripe, uma terceirizada contratada pela Time 4 Fun, que organiza o Lollapalooza no Brasil.

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Foto: Divulgação / Perfil Brasil

Ao site Repórter Brasil, um dos resgatados disse que eles trabalhavam como carregadores de bebidas em jornadas de 12 horas diárias: "Depois de levar engradados e caixas pra lá e pra cá, a gente ainda era obrigado pela chefia a ficar na tenda de depósito, dormindo em cima de papelão e dos paletes, para vigiar a carga".

De acordo com Rafael Brisque Neiva, auditor fiscal do Trabalho que participou da operação de resgate, os funcionários atuavam na informalidade, sem os devidos registros trabalhistas, como manda a lei. "Com idade entre 22 e 29 anos, eles não tinham dignidade alguma, dormiam dentro de uma tenda de lona aberta e se acomodavam no chão. Não recebiam papel higiênico, colchão, equipamento de proteção, nada".

Denúncia semelhante já ocorreu em 2019:

Os organizadores afirmaram ao Repórter Brasil que mais de 9.000 pessoas trabalham no local do evento e que a prioridade é garantir "as devidas condições de trabalho". Segundo o comunicado, "é terminantemente proibido pela T4F" que trabalhadores durmam no local, fato que fez com que fosse encerrada "imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe".

Perfil Brasil
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