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Perita analisa caso de Agnaldo Rayol que morreu após queda: 'É necessário ponderar'

Em entrevista à Contigo!, Caroline Daitx diz que a morte de Aguinaldo Rayol expõe fragilidade dos idosos a incidentes que podem levar a complicações fatais

5 nov 2024 - 20h19
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Agnaldo Rayol morreu aos 86 anos, após uma queda em sua residência, em São Paulo
Agnaldo Rayol morreu aos 86 anos, após uma queda em sua residência, em São Paulo
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

O Brasil se despediu de uma das vozes mais icônicas do País, na última segunda-feira, 4. A morte do cantor Agnaldo Rayol - aos 86 anos, após uma queda em sua residência, em São Paulo - de forma repentina e inesperada, traz à tona a vulnerabilidade dos idosos a quedas e mal súbito. Em entrevista à Contigo!, Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, explica como o envelhecimento pode contribuir para a ocorrência desse tipo de acidente doméstico, que pode ter consequências graves e até mesmo fatais.

Segundo relatos da família de Rayol, houve uma espera de cerca de 40 minutos para a chegada do SAMU. Embora o cantor tenha chegado ao hospital lúcido e consciente, sua condição se agravou devido ao trauma cranioencefálico sofrido, levando ao óbito.

A morte de Rayol expõe a fragilidade dos idosos a incidentes que, se não atendidos com urgência, podem levar a complicações fatais. De acordo com a médica, quedas entre idosos com traumatismo craniano são uma das principais causas de morte no grupo etário, em grande parte devido à fragilidade física e ao risco de sangramentos internos. "Em idosos, as quedas podem levar a uma piora rápida das condições de saúde, especialmente se não houver um socorro rápido", pontua Daitx, enfatizando a importância do atendimento imediato.

Além dos traumas decorrentes de quedas, ela ressalta outras causas comuns de mal súbito em idosos, como doenças cardiovasculares, incluindo infarto e arritmias, acidente vascular cerebral (AVC) e complicações respiratórias. "É essencial que o idoso receba acompanhamento médico regular e que o acesso aos serviços de emergência seja ágil, especialmente em áreas com difícil acesso a serviços especializados de apoio", reforça.

"No caso de Rayol, embora a queda tenha sido o evento final, é necessário ponderar se houve um mal súbito que o levou a cair, ou se ele caiu independentemente e o trauma resultante levou ao desfecho fatal", completa a médica.

Para muitos idosos, condições já existentes como problemas cardíacos e neurológicos, elevam o risco de mal súbito, o que contribui para a ocorrência de quedas. Uma investigação cuidadosa deve considerar tanto a possibilidade de um trauma direto pela queda quanto a de um evento de mal súbito que desencadeou a perda de equilíbrio.

Situações como a do cantor Rayol exigem uma análise detalhada das circunstâncias para esclarecer se a queda foi acidental ou precedida por uma perda súbita de consciência. "Esse entendimento não só elucida o caso, mas orienta medidas preventivas para outros idosos. Compreender as causas fundamentais de eventos como esses permite direcionar ações de cuidado e monitoramento que possam reduzir os riscos de quedas e de mal súbito", fala a especialista.

Daitx enfatiza a importância do acompanhamento médico constante para controlar doenças crônicas e realizar exames preventivos, essenciais para detectar e tratar condições antes que se agravem. Nos casos de queda, o socorro imediato pode ser crucial para impedir o agravamento e preservar a vida do paciente idoso.

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