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Prince não deixou testamento, diz irmã; seis familiares podem ser herdeiros

26 abr 2016 - 17h08
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O astro da música Prince não deixou testamento quando morreu na semana passada, informou uma irmã em documentos apresentados a um tribunal nesta terça-feira.

Nos papéis registrados em uma corte do condado de Carver, no Estado norte-americano de Minnesota, Tyka Nelson pediu que um administrador especial seja indicado para lidar com os assuntos do cantor e que ela seja escolhida para legitimar seu espólio.

Ela listou a si mesma e cinco outros irmãos ou meio-irmãos como herdeiros de Prince, mas não informou os valores dos seus bens ou das suas dívidas. Prince, nascido Prince Rogers Nelson, se casou e divorciou duas vezes e teve um filho que morreu pouco depois do nascimento em 1996.

O valor de seu catálogo musical existente foi estimado em mais de 500 milhões de dólares, de acordo com o primeiro empresário do artista, Owen Husney. Essa cifra inclui direitos de licenciamento em potencial para filmes, televisão, comerciais e videogames que Prince pouco explorou, afirmou Husney em uma entrevista na semana passada.

O compositor eclético e influente por trás de sucessos como "Purple Rain" foi encontrado morto na quinta-feira passada aos 57 anos em um elevador do complexo Paisley Park Studios, localizado em Chanhassen, um subúrbio da cidade de Mineápolis onde ele morava. A causa da morte ainda é desconhecida.

Na petição em que solicitou a nomeação de um administrador especial, Tyka disse: "Desconheço a existência de um testamento e não tenho motivos para acreditar que o falecido executou documentos testamentários de qualquer tipo".

Ela acrescentou que um administrador é necessário "porque nenhum representante pessoal foi indicado em Minnesota nem em lugar nenhum". Tyka propôs o Banco Bremer de Minnesota para a função, dizendo que a instituição fez negócios durante vários anos com Prince, um nativo de Mineápolis.

Os restos mortais de Prince foram cremados, e no sábado a família realizou uma cerimônia particular.

Desde a morte do cantor, as vendas de seus discos dispararam – mais de 2,3 milhões de canções e cerca de 580 mil álbuns foram comercializados desde o dia de seu falecimento, de acordo com a consultoria Nielsen Music, levando Prince para o topo da parada de discos da Billboard.

Além dos direitos autorais de seu mais de 30 álbuns, Prince reconquistou a propriedade de suas gravações originais depois de uma disputa com a gravadora Warner Bros. Também se acredita que ele tinha muitas gravações inéditas, inclusive um disco gravado com o falecido trompetista de jazz Miles Davis.

O advogado Stephen Hopkins, de Minnesota, disse que é incomum uma pessoa da magnitude e riqueza de Prince morrer sem deixar um testamento. Nestes casos, os bens são divididos igualmente entre os herdeiros, afirmou.

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