Príncipe envolvido em crime sexual é humilhado em jantar
Andrew tem a certeza de que perdeu o apoio da família real ao fazer tentativa desastrosa de se reaproximar do irmão e futuro rei Charles
O príncipe Charles ofereceu um jantar em sua residência, a Clarence House, em Londres, para coronéis do exército britânico. Por ter servido na Força Aérea e na Marinha de seu País, o herdeiro do trono britânico faz questão de ter boa relação com os militares.
Mas um constrangimento o deixou irritado diante dos convidados. Seu irmão, o príncipe Andrew, surgiu sem ter sido convidado. O filho número 3 da rainha Elizabeth se tornou ‘persona non grata’ na própria família devido ao escândalo de tráfico de mulheres e exploração sexual de menores protagonizado pelo bilionário Jeff Epstein nos Estados Unidos.
Andrew era amigo íntimo do magnata que mantinha uma rede de garotas que eram escaladas para sexo em festas com poderosos. O príncipe é acusado de ter transado com uma estudante, Virginia Giuffre, quando ela tinha 17 anos. O nobre foi incluído na investigação. Caso seja denunciado, poderá ser julgado e condenado à prisão.
Desde que essa polêmica explodiu na capa dos tabloides e na TV, Andrew passou a representar um risco à imagem da realeza. Foi obrigado a deixar a vida pública e viver quase isolado em palácios e castelos. Sua presença indesejada no jantar de Charles foi uma tentativa de reaproximação de seu clã. O tiro saiu pela culatra.
O futuro rei não permitiu que o irmão se sentasse à mesa com os comensais. Andrew ficou em uma sala anexa, excluído e enraivecido. De acordo com a imprensa inglesa, os assessores de Charles sugeriram a ele deixar a Clarence House discretamente para evitar embaraço ainda maior. O príncipe foi embora com o orgulho ferido.
Os jornais afirmam que ele perdeu o pouco apoio que ainda tinha de Charles e entrou na mira do sobrinho, William, número 2 na linha de sucessão ao trono. O filho mais velho de Diana prefere que Andrew se afaste definitivamente da família para não contaminar a reputação dos Windsors.
Enquanto isso, Elizabeth se equilibra entre o papel de monarca – que deve manter distância do príncipe encrencado – e o de mãe angustiada com o filho em apuros. O ‘The Telegraph’ descobriu que a rainha paga do próprio bolso 2 mil libras (cerca de R$ 15 mil) por hora a cada um dos vários advogados que tentam livrar Andrew das garras da Justiça americana.