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Príncipe Harry diz em tribunal de Londres que imprensa "vil" tem sangue nas mãos

6 jun 2023 - 11h23
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O príncipe Harry lançou um ataque feroz à imprensa "vil", nesta terça-feira, culpando os tabloides por destruir sua adolescência e relacionamentos posteriores, ao prestar depoimento contra uma editora cujos títulos ele acusa de atividades ilegais.

Harry, o quinto na linha de sucessão ao trono britânico, tornou-se o primeiro membro sênior da realeza a aparecer no banco das testemunhas em mais de um século em um processo que ele e outras 100 personalidades movem contra o Mirror Group Newspapers (MGN).

Eles acusam a editora de Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People de invasão generalizada de telefones e coleta ilegal de informações entre 1991 e 2011.

O filho mais novo do rei Charles sorriu brevemente ao passar pelos fotógrafos e equipes de filmagem na Alta Corte de Londres, onde enfrenta horas de interrogatório do advogado do MGN, Andrew Green, sobre 33 artigos de jornal cujos detalhes ele diz que foram obtidos ilicitamente.

"Cada um desses artigos desempenhou um papel importante e destrutivo no meu crescimento", disse ele.

Green começou pedindo desculpas pessoalmente a Harry em nome do grupo editorial por uma instância em que admitiu a coleta ilegal de informações.

"Nunca deveria ter acontecido e não vai acontecer de novo", disse ele, acrescentando que se o tribunal concordasse que a empresa cometeu irregularidades em outras ocasiões "você terá direito e receberá um pedido de desculpas mais extenso".

Em seu depoimento por escrito, Harry criticou o tratamento que sofreu nas mãos da imprensa, alegando que foi rotulado de "príncipe playboy", "idiota" e "fracassado".

"Olhando para trás agora, tal comportamento da parte deles é totalmente vil", escreveu ele, dizendo que os tabloides incitaram "ódio e assédio" na vida privada dele e de sua esposa Meghan.

Em outra seção, ele questionou: "Quanto mais de sangue manchará seus dedos antes que alguém possa acabar com essa loucura?"

Questionado por Green se estava sugerindo que os jornalistas do MGN que escreveram os artigos no centro de seu processo tinham sangue nas mãos, Harry respondeu: "Alguns dos editores e jornalistas que são responsáveis por causar muita dor, chateação e em alguns casos, talvez inadvertidamente, a morte."

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