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Arte e Cultura
O Laço Duplo
O Laço Duplo

Nova Fronteira lança romance de Chris Bohjalian, best-seller que resgata a vida de um fotógrafo sem-teto e relembra o clássico O grande Gatsby

Laurel Estabrook levava uma vida comum em sua universidade, adorava se divertir com os amigos e andar de bicicleta por estradinhas próximas à faculdade na hora do gelado pôr-do-sol em Vermont. Aos 19 anos, ela é atacada por dois homens e abandonada gravemente ferida. Traumatizada, a jovem muda completamente: nunca mais chega perto de uma bicicleta, e suas atividades na universidade passam a isolá-la do resto do mundo.

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Presa à rotina de um relacionamento amoroso superficial e ao trabalho numa instituição para pessoas sem-teto, ela conhece Bobbie Crocker, um senhor idoso que conta ter conhecido muitas pessoas famosas. Bobbie é diagnosticado como esquizofrênico, por isso, quando se gaba falando que celebridades lhe devem dinheiro, ninguém acredita. Quando ele morre, Laurel recebe uma caixa com as impressionantes fotos que o homem tirou durante a vida: elas mostram que Bobbie talvez fosse filho de Daisy Buchanan, a famosa aristocrata infiel de O grande Gatsby, clássico de F. Scott Fitzgerald. O desejo de desvendar como um herdeiro rico deixou uma vida de privilégios para acabar morando na rua move a protagonista de O laço duplo de forma quase obsessiva. O best-seller de Chris Bohjalian, que a Nova Fronteira lança em abril, é um suspense que prende a atenção, surpreendendo o tempo todo.

Ao examinar as fotos, Laurel reconhece o local onde passou os verões de sua infância: East Egg, na ensolarada Long Island, em Nova York — cenário das brigas, traições e grandes festas protagonizadas pelos ricos Buchanan. Gatsby, por sua vez, instalou-se em West Egg, área reservada a famílias não-tradicionais. Lá, ele espreitava a bela Daisy, com quem teve um caso amoroso. Mas não só famílias nobres apareciam nas fotos: retratos de personalidades e registros de quem acompanhou de perto a história americana nas décadas de 1950 e 1960 deixam a moça ainda mais obcecada. Maior ainda é a surpresa de Laurel quando ela descobre um dos negativos mais recentes: uma ciclista sob o pôr-do-sol de Vermont. Aí, sim, a protagonista de O laço duplo começa, incansavelmente, a transformar seus dias numa investigação interminável e instigante em busca de respostas que podem mudar — ou desvendar — a sua própria vida.

A curiosa história do fotógrafo recolhido na rua foi inspirada num caso real: Bob “Soupy” Campbell, que trabalhou com personalidades como Chuck Berry, Bob Dylan, Muddy Waters, Julie Andrews, Paul Newman e Martin Luther King. As fotos foram precariamente guardadas dentro de uma mala encontrada após a sua morte num abrigo. A herança, à qual Chris Bohjalian teve acesso ao fazer uma matéria para o jornal Burlington Free Press, deu origem ao romance, que é ilustrado com as fotos originais de Campbell.

Bohjalian fez uma extensa pesquisa para a elaboração de O laço duplo, que incluiu temas como distúrbios de estresse pós-traumático, esquizofrenia e visitas ao Comitê de Abrigo Temporário de Burlington, em Vermont. Com uma narrativa envolvente e um enredo construído à perfeição, o romance foi sucesso de público e crítica e ficou mais de um ano nas principais listas de mais vendidos nos Estados Unidos. Exibindo a fragilidade humana — no físico e no tênue equilíbrio mental a que estamos expostos —, Bohjalian cria personagens inesquecíveis, densos, e às vezes até assustadores.

Os limites entre ficção e realidade e o desequilíbrio emocional de alguns personagens deixam pistas que preparam o leitor para a virada final de O laço duplo.

O romance de Chris Bohjalian é uma espécie de resposta para Gatsby, tanto em relação a seu papel como um monumento no horizonte literário quanto a sua mensagem sobre o destino humano (...). O laço duplo descreve o quão tortuosa e sem saída pode ser uma jornada.The Washington Post

As referências a O grande Gatsby formam a base do mistério e estimulam os leitores a imaginar como o pano de fundo se relaciona com a ‘realidade’ do romance. Chris consegue desenvolver uma premissa intrigante e engenhosa.Publisher Weekly

Sua solidariedade em abordar a doença mental e sua sabedoria em detalhar o poder da arte são impressionantes. Chris move-se facilmente entre diferentes pontos de vista e tem grande habilidade para criar vozes narrativas autênticas.The Boston Globe

Sobre o autor:

Chris Bohjalian é autor de 11 romances publicados em 22 países e 20 línguas. Em 2002 ganhou o New England Book Award pelo romance O diário de Sibyl Danforth, Parteira, número um na lista de best-sellers do New York Times e selecionado para o Clube do Livro da apresentadora Oprah Winfrey. O autor também escreve para revistas como Cosmopolitan e Reader’s Digest. O laço duplo, também best-seller do New York Times, foi lançado em fevereiro em edição especial com capa dura, e está novamente na lista de mais vendidos. O autor lança seu próximo romance, Skeletons at the Feast, em maio deste ano.


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