Sem tapete vermelho, Emmy tenta evitar clima de videoconferência em cerimônia virtual
A premiação do Emmy, que celebra o melhor da televisão nos Estados Unidos, normalmente oferece uma noite de abraços, cumprimentos e estrelas glamourosas posando no tapete vermelho, mas a pandemia do coronavírus irá ocasionar uma cerimônia muito diferente, apenas virtual, no próximo domingo.
O apresentador Jimmy Kimmel irá apresenta o evento em um palco no Staples Center, em Los Angeles, fazendo piadas sem a plateia lotada de celebridades, como de costume em outras ocasiões. Apenas a equipe de produção e algumas estrelas poderão participar. O tapete vermelho foi cancelado.
Ainda assim, os produtores dizem que a cerimônia, que será transmitida pela emissora ABC, da Walt Disney, vai buscar oferecer um sentimento de celebração no dia da principal premiação da indústria televisiva.
Esperando evitar um clima de teleconferência comum, foram providenciadas dezenas de câmeras, luzes e microfones cinematográficos para captar ao vivo as reações espontâneas dos vencedores em suas salas de estar. Os produtores irão monitorar 130 transmissões simultâneas ao vivo em cerca de 20 cidades, incluindo Los Angeles, Nova York, Tel Aviv e Berlim.
"Eles não querem que sejam os ´zoomies'", disse Michael Schneider, editor sênior da revista Variety, em referência ao popular aplicativo de videoconferências Zoom. "Querem evitar aquele aspecto, que fique parecendo uma produção normal".
A audiência televisiva para cerimônias de premiações despencaram nos últimos anos. No ano passado, os Emmys tiveram uma mínima histórica de 6,9 milhões de espectadores. Os produtores esperam que a imprevisibilidade do formato neste ano atraia a audiência, e eles admitem que coisas podem dar errado.
"Pense em uma videoconferência com sua família e como isso pode ser complicado, fazer a vovó olhar a câmera, e ter o rosto inteiro dela na câmera", brincou Kimmel em um vídeo promocional. "Multiplique isso por um milhão, e é com isso que estamos lidando aqui".