Sérgio Chapelin lamenta morte de Cid Moreira: "Talento Invejável"
Uma das grandes lendas do jornalismo brasileiro, o apresentador Cid Moreira, morreu na manhã desta quinta-feira (3) aos 97 anos. Ao saber da passagem deu seu velho companheiro de bancada, Sergio Chapelin foi às redes sociais para lamentar a perda.
"Minha parceira com Cid foi de quase 20 anos no Jornal Nacional. Foi o melhor profissional com quem trabalhei, tem que se esforçar muito para acompanhar o nível dele. Tinha uma voz privilegiada e técnica primorosa, talento invejável", disse Sergio Chapelin, que dividiu a bancada do Jornal Nacional na Globo com Cid Moreira.
Sergio Chapelin exaltou a vida de Cid Moreira que alcançou os seus 97 anos de vida pela sua dedicação: "A gente sente, mas foram 97 anos vividos. 97 anos pesam bastante. Vamos relembrar as coisas boas que ele fez. Cid trabalhou muito, era um homem dedicado e fez coisas que a gente tem que respeitar", disse.
E encerrou: "Vamos fazer uma oração e que seja bem acolhido no plano superior"
Cid Moreira: o anúncio da morte do apresentador
A morte de Cid Moreira foi confirmada pela sua esposa, Fátima Sampaio. O jornalista estava internado no Hospital Santa Teresa, na cidade de Petrópolis, no Rio. Ele estava em tratamento de uma pneumonia que se agravou para uma falência múltipla dos órgãos.
"Fiz o melhor que pude pra confortá-lo. Não quis contar pra ninguém pra preservá-lo. Ficamos juntos por quase 25 anos, uma história incrível", disse Fátima Sampaio.
Cid Moreira, nascido em 27 de setembro de 1927, em Taubaté, São Paulo, construiu uma das mais sólidas e respeitadas carreiras no jornalismo brasileiro. Sua voz inconfundível marcou gerações à frente do Jornal Nacional, onde foi apresentador por 26 anos. Ele comandou o principal telejornal da TV Globo desde sua estreia, em 1969, até 1996, tornando-se um dos nomes mais lembrados da televisão brasileira.
O comunicador iniciou sua trajetória no rádio, mas foi na década de 1950 que sua carreira na televisão ganhou destaque. Em 1951, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ampliou sua experiência na TV, apresentando comerciais ao vivo nos programas da época. Ao longo das décadas, consolidou-se como referência na comunicação, destacando-se pelo tom sério e autoritário que transmitia confiança ao público.
Sua atuação como âncora do Jornal Nacional revolucionou o jornalismo televisivo no Brasil. Com uma postura firme e voz grave, Cid Moreira tornou-se um símbolo de credibilidade. Mesmo após deixar a bancada, continuou presente na memória popular como a "voz do JN".