Skydivers nus tentam recorde em defesa de união após Brexit
Quando as manchetes sombrias começaram a se multiplicar na esteira da votação do Reino Unido para deixar a União Europeia, o chamado Brexit, quatro britânicos decidiram animar seu país dividido estabelecendo um novo recorde de skydiving - mas nus.
Pete Sharwood-Smith, Gary Lincoln-Hope, Pete Cheek e Olly Aylott saltaram de um avião a aproximadamente 6.800 metros acima de uma praia do Quênia nesta quinta-feira, tentando quebrar o recorde mundial de salto nu e pedindo união após a traumática campanha do referendo sobre a separação da UE.
"Não somos aliados a nenhum partido político, só queremos reforçar os aspectos positivos de ser britânico, e os britânicos são famosos por fazer tolices, especialmente depois do pub", disse Sharwood-Smith, um escocês ruivo de 43 anos.
"Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Escócia - somos todos melhores juntos".
O planejamento para o salto começou cerca de seis meses atrás. O Livro Guinness dos Recordes Mundiais disse que o skydiving nu não é uma categoria que monitora, mas Jeff Dawson, que fundou a Sociedade pelo Progresso do Skydiving Nu, sediada nos Estados Unidos, disse que o salto mais alto da modalidade de seu conhecimento foi a cerca de 5.500 metros de altitude.
Cheek, um web designer e fotógrafo londrino de 39 anos, disse que também saltou em homenagem a seu pai, Pat Cheek, que praticou jardinagem e construção nu muitas vezes antes de morrer de câncer há 10 anos.
"Ele sempre dizia 'faça coisas perigosas cuidadosamente'", contou Cheek. "O Quênia é um país lindo, e pensei que uma nudez em alta velocidade só acrescentaria à experiência".
Lincoln-Hope, que serviu no regimento britânico de paraquedistas de elite, é o único membro da equipe a ter pulado nu antes.
"O salto estava mais frio do que eu esperava. Tudo estava dormente", disse ele. A temperatura do ar era de cerca de -18 graus Celsius com o agravante da sensação térmica de vento de 200 quilômetros por hora.
Depois de remover máscaras de oxigênio e saltar do avião, os quatro tiveram cinco minutos para chegar a 4.500 metros, onde os níveis normais de oxigênio retornaram, ou sua capacidade de pensar claramente seria afetada, disse Lincoln-Hope.
O professor de matemática, Olly Aylott, 33, juntou-se à tentativa de quebrar o recorde no último minuto, depois de conhecer os outros três na praia por acaso na quarta-feira.
"O povo britânico é conhecido por ser bastante pudico, mas não somos realmente", disse ele.