'Barraca do Beijo 3' encerra a trilogia com despedida morna
Dirigido por Vince Marcello, o longa da Netflix tem como conflito central a escolha de Elle sobre o seu futuro
Chegou à Netflix nesta semana o tão aguardado, ao menos para o público adolescente, Barraca do Beijo 3. Último longa da trilogia que traz as histórias de Elle (Joey King), Noah (Jacob Elordi) e Lee (Joel Courtney), com as suas idas e vindas afetivas e a difíficl, mas necessária, tarefa de "crescer".
Dirigido por Vince Marcello, Barraca do Beijo 3 tem como conflito central a escolha de Elle sobre o seu futuro. Os irmãos, Noah e Lee, representam possibilidades antagônicas, além de geograficamente opostas, escolher estudar mesma cidade de Noah (Boston, costa leste dos EUA) ou se matricular na mesma universidade que o melhor amigo, Lee (Berkely,costa oeste dos EUA)?
Uma escolha deve ser tomada, mas ainda há o último verão antes de Elle deixar o ninho. Assim, ela se desdobra para fazer a estação ser inesquecível cumprindo uma lista de desejos com Lee, criada quando eles ainda eram crianças. Obviamente não eram desejos simplórios: salto de paraquedas, salto do penhasco, corrida de kart fantasiados dos personagens do Super Mario Bros. e outras opções mirabolantes. Elle também não sabe lidar com os sentimentos em relação a nova namorada do pai, com o ressurgimento de um "ex-crush", ela ainda tem que trabalhar e, claro, tem o relacionamento com Noah.
Nessa correria, com tantas tramas paralelas, não há espaço para uma jornada autoreflexiva da personagem principal. O carisma de Joey King é imenso, mas não é suficiente para sustentar a corrida contra o tempo imposta em Barraca do Beijo 3. Assim, Elle faz sua escolha - bastante criticada pelos fãs - os personagens seguem seus caminhos com um flashfoward para a vida de jovens adultos, aparenemente bem sucedidos, estabilizados e "resolvidos". Tudo conforme a ficção espera.
A expectativa do longa era mostrar um certo amadurecimento dos personagens, mas crescer dói, é mais complexo e confuso, algo que os adolescentes já sabem na prática e que a sétima arte já representou com maestria, a exemplo de John Hughes e Tina Fey.