Raia 4 explora adolescência no universo da natação
Longa vencedor do prêmio da crítica no Festival de Gramado estreia nesta quinta (20) nas plataformas digitais
Foi por causa de sua experiência pessoal como nadador que o cineasta Emiliano Cunha optou por trazer o tema da água para as telas em seu primeiro longa-metragem. O diretor gaúcho é o nome por trás de Raia 4, filme vencedor de três prêmios no Festival de Gramado (fotografia, júri da crítica e melhor longa gaúcho). A produção já está em cartaz nos cinemas e estreia nesta quinta-feira (20) nas plataformas digitais NOW, Google Play, Apple Tv, iTunes e Youtube Filmes.
Raia 4 é situado no universo da natação competitiva, na cidade de Porto Alegre, e conta com um elenco formado por jovens nadadores que nunca haviam atuado. A opção pelos atletas, segundo Cunha, se deu para que o filme fosse o mais realista possível. “Por eu já ter sido atleta, eu queria que a técnica e a performance da natação competitiva estivesse presente na tela. Eu sabia que o processo inverso seria muito difícil, transformar atores mirins em nadadores”, explica.
Foram testadas cerca de 120 crianças dos clubes do Rio de Grande do Sul, e 14 delas foram selecionadas para compor a equipe ficcional. Na história, acompanhamos de perto a jovem Amanda (Brídia Moni), uma garota tímida e introvertida que encontra na natação um espaço para se sentir livre; e a sua relação com outra nadadora da equipe, Priscila (Kethelen Guadagnini), uma jovem mais madura e desinibida. Para toda a equipe de jovens atletas, a pressão do esporte se soma aos desafios vividos por todos durante o período da adolescência.
O cineasta conta que, além das histórias das personagens, a água era um elemento central para o filme, seja como metáfora, seja como espaço cênico. “Queria brincar com gêneros cinematográficos, transitar entre um realismo mais cru e as infinidades do mundo onírico. O universo da natação competitiva mostrou-se ideal para este mergulho. Trata-se de um esporte que faz parte de mim, cresci nele e ainda o pratico. Os ritmos, os personagens, os espaços e suas especificidades estão muito vivos em mim”, conta.
O Terra conversou com o diretor Emiliano Cunha sobre os bastidores da produção e as dificuldades para filmar embaixo da água. Confira a entrevista completa no vídeo: