‘Viúva Negra’ entrega despedida agridoce de Natasha Romanoff
Depois de muita espera, filme solo da heroína estreia nesta sexta-feira, 09, e abre caminho para novos personagens no MCU
Não é de hoje que existe um clamor por um filme solo da Viúva Negra. Dos Vingadores originais, o personagem de Scarlett Johansson, querido entre os fãs, ao lado do Gavião Arqueiro, não tão idolatrado assim, são os únicos que não tinham uma produção para chamar de sua. Isso acaba nesta sexta-feira, 09, e o elemento tempo deve ser levado em consideração.
Tanto a pandemia do novo coronavírus, que atrasou o lançamento em mais de um ano, e a própria decisão da Marvel em postergar a produção trouxeram questões para o longa que a série Loki, por exemplo, que também ressuscitou o seu protagonista, não teve que lidar. Viúva Negra merecia um filme solo há muito tempo. Ponto. Fazendo as pazes com isso, assistam ao filme de Cate Shortland, que estreia nos cinemas e no Disney + nesta sexta-feira, 09 (pelo Premier Access)
Aliás, fazer as pazes é um dos motes do longa. A Natasha Romanoff de Viúva Negra é uma personagem que precisa se perdoar e isso acontece quando confronta partes de sua história, trazida por uma conspiração perigosa do passado. Ao se reconectar com a sua irmã Yelena, personagem de Florence Pugh, Natasha terá que lidar com sua antiga vida de espiã, e também reencontrar com mais membros de sua “família”, que deixou para trás antes de se tornar parte dos Vingadores. E nesse ponto, a questão tempo trabalha a favor de Scarlett, que tem em sua vantagem conhecer plenamente a sua personagem e pode, dessa maneira, entregar de forma madura e mais consistente a sua evolução.
No novo filme da Marvel Studios, não recebemos uma história de origem, mesmo porque muitas informações sobre a personagem são referenciadas ao longo das várias fases da Marvel. Ele se passa após os eventos de Capitão América: Guerra Civil (2016) e antes de Vingadores: Guerra Infinita (2018), quando o grupo de vingadores estão afastados depois de se desentenderem sobre o Acordo de Sokovia, e funciona como uma espécie de abertura de memória da Natasha, nos aproximando mais da compreensão do seu destino em Vingadores: Ultimato (2019).
Viúva Negra é um drama familiar com ótimas cenas de ação. Ele entrega uma despedida agridoce para Natasha, pois ao mesmo tempo que vemos a linda redenção pessoal da personagem, é um desenvolvimento que não terá mais frutos no MCU – pelo menos para a Scarlett Johansson.
Um ponto interessante é como o longa soube aproveitar e diversificar muito bem as sequências de ação. Seja pela maior oferta de viúvas, mas também pela própria Natasha e com os novos membros de sua “família”. Yelena e Melina, personagem de Rachel Weisz, foram uma ótima adição ao poder feminino do filme, e o Guardião Vermelho, papel de David Harbour, trouxe cenas divertidas de um herói em fim de carreira.
Com a saúde mental como um dos temas frequentes nas produções da fase 4 da Marvel, seja nas séries WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal, o longa de Cate Shortland, que abriria originalmente o novo período no estúdio, cai como uma luva no atual cenário do MCU. E como é esperado, não deixe de assistir à cena pós-crédito que completa o ciclo do filme, entregando como ele se conecta com o futuro, além de trazer mais uma oportunidade de despedida de Natasha.