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Tumba etrusca na Córsega pode revelar segredos sobre declínio de civilização

27 mar 2019 - 14h57
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Arqueólogos franceses desencavaram uma tumba etrusca que continha um esqueleto e dezenas de artefatos na Córsega, uma descoberta rara que pode lançar nova luz sobre uma civilização rica do norte da Itália e sua assimilação pelo Império Romano.

Arqueólogo trabalha em tumba etrusca em Aléria, no leste da ilha francesa do Mediterrâneo, na Córsega
27/03/2019
 Denis Gliksman/Inrap/Divulgação via Reuters
Arqueólogo trabalha em tumba etrusca em Aléria, no leste da ilha francesa do Mediterrâneo, na Córsega 27/03/2019 Denis Gliksman/Inrap/Divulgação via Reuters
Foto: Reuters

Os arqueólogos encontraram a cripta, que foi esculpida na rocha e remonta ao século 4 a.C., dentro de uma grande necrópole romana contendo milhares de tumbas em Aléria, no leste da ilha francesa do Mediterrâneo.

Os etruscos surgiram na Toscana durante a Era de Bronze, aproximadamente em 900 a.C., e deixaram poucos rastros escritos de sua cultura. Seu declínio foi gradual, e as últimas cidades etruscas foram absorvidas por Roma perto de 100 a.C.

A descoberta, anunciada nesta semana, pode revelar novos detalhes sobre a existência de uma população etrusca estável na Córsega e ajudar os arqueólogos a entenderem o desaparecimento lento da civilização etrusca.

"É o elo perdido que nos permitirá decifrar os ritos funerários etruscos, mas também reforça a hipótese de que, antes da conquista romana (cerca de 259 a.C.), Aléria era um ponto de trânsito do Mar Tirreno que misturava interesses etruscos, cartagineses e foceios", disse o curador-chefe Franck Leandri.

O túmulo parece pertencer a uma autoridade de alto escalão, e contém "cerca de 15 vasos de cerâmica semelhantes a peças etruscas e o que parece ser um espelho ou a tampa de um estojo", disse a antropóloga Catherine Rigeade no local.

"Temos algum conhecimento de objetos etruscos, mas sabemos muito pouco sobre sujeitos etruscos; aqui temos ambos", acrescentou.

Perto da tumba, arqueólogos descobriram um anel de sinete de ouro que quase não tem marcas do tempo. Nele se discerne um rosto feminino, possivelmente retratando a deusa Afrodite.

Os pesquisadores agora se dedicarão a chegar ao esqueleto, que está coberto de móveis desmoronados, com exceção do crânio. Eles planejam chamar cientistas forenses para que ajudem a revelar os segredos dos restos mortais.

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