A maioria dos apresentadores se deu mal na eleição; uma da Record se elegeu
Popularidade na TV serviu de impulso inicial para algumas candidaturas a prefeito, porém, não garantiu os votos necessários
As eleições municipais de 2024 tiveram um grande vencedor: o telejornalismo. A busca por notícias em canais confiáveis aumentou, diminuindo o dano das fake news espalhadas nas redes sociais.
Já entre os perdedores nas urnas estão alguns apresentadores de TV que tentaram prefeituras de cidades importantes. A fama não foi suficiente para conquistar eleitores.
Entre eles, José Luiz Datena (PSDB), do ‘Brasil Urgente’, da Band, com apenas 1,84% dos votos no 1º turno na capital paulista, e Mauro Tramonte (Republicanos), do ‘Balanço Geral’ da Record Minas, igualmente eliminado na 1ª rodada, com 15,1% da votação em Belo Horizonte (MG).
Em Goiânia (GO), Matheus Ribeiro (PSDB), ex-apresentador eventual do ‘Jornal Nacional’ (Globo), e também com passagens por Record e Band, teve 6,81% dos votos e não passou ao 2º turno.
Melhor performance teve a ex-Globo e ex-Jovem Pan News Cristina Graeml (PMB). Não se elegeu prefeita de Curitiba (PR) em sua 1ª disputa eleitoral, mas conseguiu 42% da votação e se credencia como nova liderança da direita no sul do País.
Situação semelhante viveu a ex-repórter da Globo Rosana Valle, atual deputada federal pelo PL paulista. Ela saiu derrotada no 2º turno para a prefeitura de Santos, cidade do litoral. A diferença para o vencedor foi de menos de 7% dos votos válidos.
Uma exceção entre tantos apresentadores com resultado negativo aconteceu na corrida pelo comando de Aracaju, capital do Sergipe. Titular do quadro ‘Seu Direito’, exibido na versão local do ‘Balanço Geral’, da TV Atalaia, afiliada da Record, a advogada e defensora pública aposentada Emília Côrrea (PL) foi eleita com 57% da votação.