A melhor personagem de ‘Travessia’ está morta. Volta, Grazi, volta!
Novela carece de tipos simpáticos capazes de estimular a torcida dos exigentes telespectadores
Um dos maiores problemas de ‘Travessia’ é a falta de carisma de alguns dos personagens principais.
Brisa (Lucy Alves) ainda não despertou a paixão dos noveleiros. Suas atitudes incoerentes despertam críticas nas redes sociais.
Dúbio, Ari (Chay Suede) se equilibra entre o anti-herói e o aprendiz de vilão. O idealista transmutado em playboy confunde o público.
Há mais afeição por Otto (Rômulo Estrela), o hacker que virou o anjo da guarda da injustiçada Brisa.
Desagradável, Chiara (Jade Picon) fica ainda pior com a atuação problemática de Jade Picon.
Leonor (Vanessa Giácomo) parecia ser uma mulher interessante, mas aos poucos se revelou estranha.
Os personagens mais cativantes do folhetim são velhos conhecidos: Helô (Giovanna Antonelli) e Stênio (Alexandre Nero), trazidos de ‘Salve Jorge’ (2012/2013).
Com química deliciosa, os atores dão show nas cenas com pitadas de humor. Parecem protagonizar uma novela à parte.
Pela escassez de tipos sedutores que nos façam torcer por eles, sentimos saudade do maior destaque do primeiro capítulo.
A exuberante Débora arrebatou o coração de Guerra (Humberto Martins) e de milhões de noveleiros.
Em poucas cenas, ela encantou, surpreendeu, assustou, comoveu. Mérito para a atuação consistente e a luz hipnótica de Grazi Massafera.
A autora Gloria Perez, craque em criar personagens irresistíveis (Bibi Perigosa, Jade, Dora Jura, entre outras), usará Débora em flashbacks.
Aguardamos ansiosamente o retorno de Grazi à novela. Ela tem muito a contribuir em uma produção com tantos papéis indigestos.
Aliás, será que Débora realmente morreu?