Alckmin surpreende Bial ao revelar quanto ganhava em programas da Gazeta e Band
Entrevistado do ‘Conversa’, vice-presidente conta também o valor de sua aposentadoria e comenta o impacto da morte do filho Thomaz em sua fé
Em descontraído bate-papo no ‘Conversa com Bial’, na madrugada desta quarta-feira (8), Geraldo Alckmin foi questionado se fez televisão, após ter amargado o 4° lugar na eleição de 2018, por “questões orçamentárias”.
“Não, porque eu era voluntário”, respondeu o vice-presidente. “Você não recebia?”, se espantou Pedro Bial. “Mas o Ronnie não te pagou nem um dindim, nada?”
Médico anestesista desde 1979, Alckmin apresentou um quadro quinzenal de dicas de saúde no extinto ‘Todo Seu’, programa noturno da TV Gazeta de São Paulo comandado por Ronnie Von, hoje na RedeTV.
O político relatou outro trabalho sem cachê diante das câmeras. “Nem na Band, também. Depois (do Ronnie) fui para a Band com a Silvia Poppovic, o Lacombe. Nada!” Referiu-se ao ‘Aqui na Band’, tirado do ar em 2020.
Sem mandato, o ex-governador de SP voltou para a medicina. “Como eu abri mão de todas as aposentadorias (dos cargos eletivos), eu só tenho INPS, R$ 6 mil. Então voltei a dar aula.”
Como não queria atuar novamente como anestesista, “porque é muito estressante”, Alckmin disse ter feito um curso de acupuntura na USP e passou a atender pacientes.
Hoje, aos 70 anos, ele acumula a vice-Presidência com o cargo de ministro da Indústria e do Comércio, e colabora com a articulação política do governo.
Tem aparecido diariamente na TV. Não mais no papel de colunista de saúde e de graça, e sim como um dos homens mais poderosos do País. Seu salário é de R$ 39.293,32, o mesmo do presidente Lula.
Em outro trecho da conversa na Globo, Bial perguntou se a morte do filho Thomaz em acidente de helicóptero, aos 31 anos, em 2015, abalou a fé do católico praticante Alckmin.
“Eu diria que fortaleceu”, afirmou o vice-presidente. “Não tem um dia que não pense no Thomaz. A Lu, a mesma coisa. Não tem sentido, Bial, a gente acreditar que viemos ao mundo para viver, alguns têm filhos, depois envelhece, fica doente, morre e acabou”, disse.
“Não tem lógica. Evidente que há um plano maior. Então eu sou uma pessoa de fé.”