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Amada e odiada, Globo chega aos 50 merecedora de seu status

25 abr 2015 - 12h39
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Cid, oito mil 'boa noite' em 27 anos no JN; e Bonner, atual âncora e editor-chefe (Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo)
Cid, oito mil 'boa noite' em 27 anos no JN; e Bonner, atual âncora e editor-chefe (Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo)
Foto: Sala de TV

Este blog está no ar há exatamente um ano. Cerca de 70% dos 440 posts foram críticas à Globo. Não se trata de implicância de quem o edita.

A predominância e o teor dos textos são justificados pela programação ampla e diversificada da emissora e sua posição como líder no ranking da TV aberta.

Outro argumento é a influência do canal sobre milhões de telespectadores, seja como fonte de informação ou entretenimento.

Justamente por sua importância e poder, a Globo gera tanto assunto, tantas opiniões, tantos admiradores e tantos haters.

Na sexta-feira (24), a emissora da família Marinho mostrou a razão de ser a maior e mais vista  do país.

O quinto e último capítulo da retrospectiva dos 50 anos de jornalismo do canal, exibida ao longo da semana no Jornal Nacional, foi um momento histórico da televisão brasileira.

A icônica bancada do JN foi ocupada pelos atuais âncoras, William Bonner e Renata Vasconcellos, e pelos titulares que mais tempo ocuparam o mesmo posto: Cid Moreira e Sérgio Chapelin.

Cid, 87 anos, e Chapelin, 73, leram textos emocionais sobre a trajetória da Globo e a participação delas na construção do canal. Bonner e Renata não economizaram elogios a ambos. Ao final, os quatro apresentadores deram o tradicional "boa noite" e se abraçaram.

Antes disso, no bloco com a participação de 16 repórteres rememorando grandes coberturas jornalísticas, houve homenagem aos cinegrafistas que captaram imagens inesquecíveis ao longo das últimas cinco décadas.

Essa série especial comprovou o que todos já sabem: a Globo é uma das melhores emissoras do planeta. À parte as ideologias e os erros (alguns assumidos, outros não), o canal teve papel relevante na vida dos brasileiros.

Com jornalistas espalhados pelos quatro cantos do país e, eventualmente, em todos os continentes, a Globo trouxe para a casa das pessoas os fatos que mudaram os rumos da história.

Na época em que não existia comunicação instantânea, independente e plural por meio da internet, nem emissoras concorrentes com a força que têm hoje, a Globo estava lá, diante do acontecimento, com a missão de reportá-lo aos brasileiros — muitas vezes com exclusividade mundial.

Além disso, qualificou-se para produzir uma teledramaturgia consumida e admirada por dezenas de outros países. As novelas, tão desprezadas por alguns intelectuais, são parte indissociável da cultura popular brasileira.

Este blog continuará a criticar a Globo quando houver função jornalística para fazê-lo, mas seria hipocrisia não reconhecer o valor, a importância e a liderança do canal neste seu aniversário de 50 anos.

Longa vida ao plim-plim.

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