Aos 68 anos, Mônica Waldvogel ganha mais status com promoção na GloboNews
Jornalista voltará a madrugar para comandar um telejornal com a missão de barrar o crescimento da Jovem Pan News
Na ‘Central GloboNews’ de quinta-feira (29), Natuza Nery segurou o choro ao anunciar a saída de Mônica Waldvogel do time de comentaristas do programa semanal. “Ela foi a minha companheira incansável. Eu fico até emocionada, vocês sabem que sou chorona.”
A apresentadora não economizou elogios à colega. “Você é fundamental em qualquer conversa de política, economia e sociedade. Vai fazer uma falta enorme.” Surpreendida, Mônica também se comoveu. “Se tiver um jeitinho, eu volto”, brincou.
A veterana vai assumir o ‘Em Ponto’ este mês, em data ainda não divulgada. Comandará o telejornal das 7h às 9h30 ao lado de Tiago Eltz, remanejado do vespertino ‘GloboNews Mais’.
A experiência, a eloquência e as fontes quentes de Waldvogel são um trunfo na tentativa de melhorar a audiência das manhãs do canal de notícias.
A Jovem Pan News passou a incomodar com vitórias pontuais. Em maio, a emissora de linha editorial conservadora ficou apenas 5 posições atrás da GloboNews no ranking da Kantar Ibope.
A chegada da nova apresentadora certamente vai ‘esquentar’ a pauta do ‘Em Ponto’ com notícias exclusivas apuradas em tempo real e comentários mais consistentes sobre os bastidores de Brasília e o mercado financeiro.
Após a suspensão de seu programa de entrevistas ‘Entre Aspas’, Mônica passou os últimos quatro anos como comentarista. Recentemente, substituiu alguns âncoras. Não é titular de um telejornal desde 2008, quando deixou a apresentação do ‘Jornal das Dez’.
Agora, voltará a madrugar, como fazia na época do ‘Bom Dia SP’, na Globo, e no ‘Fala Brasil’, na Record. O sacrifício vem acompanhado de mais prestígio interno e externo.
Ela passa a ser a âncora mais velha à frente de um telejornal diário no Brasil. Uma conquista relevante nesta fase em que a maioria dos repórteres acima de 60 anos foi dispensada pela Globo por ter salário mais alto.
Competente e carismática, Mônica exala vitalidade. Mostra que a idade faz muito bem aos comunicadores pelo acúmulo de conhecimento e a visão mais ampla sobre os fatos e seus principais personagens.
Em sua despedida da ‘Central GloboNews’, por exemplo, ela argumentou com admirável veemência em defesa da “democracia liberal representativa constitucional”. Uma aula a jovens jornalistas e aos negacionistas do Estado de Direito.