Após fala absurda sobre candomblé, repórter da Record é alvo de decisão da Justiça
A Justiça Federal recebeu denúncia contra o repórter Emerson Machado Lima, da TV Correio, afiliada da Record na Paraíba, por suposta prática de crime de racismo após um comentário sobre o candomblé.
O imbróglio judicial é motivado por uma notícia sobre homicídio. Quando a notícia foi veiculada, Emerson apostou em falas pejorativas a respeito do candomblé. O suspeito do crime foi preso na casa de um amigo praticante da religião.
Na época, o repórter disse que "o Marcos já participava de candomblé, né?, dessas tribos, negócio de candomblé e o Marcos já participava. O acusado também já participava desse negócio de magia, de candomblé, já participava desse encontro aqui mesmo nessa casa".
O MPF (Ministério Público Federal) quer a prisão do apresentador. Além disso, o ministério exige o pagamento de multa e reparação dos "danos sociais e prejuízos causados à coletividade", segundo informações do UOL.
Por meio do seu advogado, o contratado da Record garante que "sempre repudiou esse tipo de conduta" e que o episódio é um "mal-entendido" por parte do Ministério Público Federal.
A defesa frisa que "em momento algum Emerson praticou e nem teve a menor intenção de cometer crime pelo qual está sendo acusado".
Repórter da Record entra na mira de denúncia do MPF
A denúncia aponta Emerson como responsável por proferir palavras racistas, disseminando, em tom agressivo, discriminação por orientação religiosa.
A Procuradoria argumenta que o contratado da afiliada da Record incendiou a população contra a religião do candomblé por meio da notícia do caso de homicídio, que por si só provoca revolta na população.
Não existe prazo para uma resposta da Justiça. Os casos de injúria racial são equiparados ao crime de racismo desde janeiro deste ano, após sanção da lei do presidente Lula da Silva (PT).