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Apresentadora do ‘Roda Viva’ e comentarista da BandNews foram espionadas

Vera Magalhães e Mônica Bergamo estão na lista de alvos da ‘Abin paralela’, segundo a Polícia Federal

12 jul 2024 - 07h05
(atualizado às 08h58)
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As jornalistas Vera Magalhães e Mônica Bergamo sempre estiveram na mira da artilharia do bolsonarismo
As jornalistas Vera Magalhães e Mônica Bergamo sempre estiveram na mira da artilharia do bolsonarismo
Foto: Reproduções

Além de autoridades do primeiro escalão e servidores públicos, a espionagem realizada pela ‘Abin paralela’ dentro da Agência Brasileira de Inteligência monitorou jornalistas durante a Presidência de Jair Bolsonaro. A informação faz parte de relatório da investigação conduzida pela PF e em trâmite no Supremo Tribunal Federal. 

Entre os bisbilhotados, a apresentadora Vera Magalhães, do ‘Roda Vida’ da TV Cultura, também âncora na rádio CBN e colunista de ‘O Globo’. A jornalista esteve na mira de bolsonaristas por recorrentes questionamentos a respeito do presidente e atos de sua administração. 

Em debate na Band na campanha eleitoral de 2022, Bolsonaro a atacou verbalmente, chegando a desrespeitá-la. “Você dorme pensando em mim, tem alguma paixão por mim”, disse. Alguns candidatos saíram em defesa da comunicadora. 

Comentarista da rádio e TV BandNews e colunista da ‘Folha de S. Paulo’, Mônica Bergamo foi outra vítima da ‘arapongagem’ do órgão dedicado a identificar ameaças reais à democracia. Em participação no ‘Jornal do Meio do Dia’, ela manifestou “desconforto” por ser monitorada por “um aparelho do Estado”.  

Na ‘Central GloboNews’, Gerson Camarotti classificou como grave o patrulhamento ilegal de “jornalistas sérios, respeitados, com credibilidade”. Mônica Waldvogel comparou a operação clandestina na gestão bolsonarista ao espião Araponga, interpretado por Tarcísio Meira na novela homônima exibida na Globo em 1990. 

Na trama, ele era um ex-informante da ditadura militar alucinado por teorias conspiratórias e defensor da volta das práticas investigativas do regime dos generais. O tom de comédia ressaltava a crítica contra o risco iminente da volta do autoritarismo. Mais atual, impossível.

Abraji repudia espionagem da Abin contra jornalistas

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) repudia a ação de agentes da Abin de espionar e coordenar ataques on-line contra jornalistas e agências de checagem. O caso foi revelado a partir de investigações da Polícia Federal (PF) que apuram as ilegalidades cometidas dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), entre 2019 e 2022.

É inaceitável que servidores públicos atuem desse modo em total contrariedade à lei. Atacar e espionar jornalistas também representa um ataque ao estado democrático de direito.

Diretoria da Abraji, 11 de julho de 2024.

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