Ausência de Bolsonaro em debates afeta o telejornalismo
Emissoras contam com a repercussão dos confrontos entre presidenciáveis para alimentar a cobertura da eleição
É necessário muita matéria-prima para sustentar horas e horas de análises políticas nos programas de TV.
A GloboNews, por exemplo, ocupa boa parte de sua programação ao vivo com rodas de discussões a respeito das eleições.
No dia 4, após o debate presidencial na Globo, a ‘Central das Eleições’ ficou mais de 3 horas no ar madrugada adentro para avaliar o desempenho dos candidatos.
Os debates oferecem relevante subsídio: as declarações, as gafes e o comportamento dos candidatos geram variadas interpretações.
Os jornalistas que fazem comentários rápidos em telejornais também pinçam temas discutidos nos debates para esmiuçar posteriormente diante das câmeras. O telejornalismo é dependente desses eventos midiáticos cheios de réplicas e tréplicas.
Nesta quarta-feira (10), a notícia de que Jair Bolsonaro (PSL) está fora da maioria dos encontros entre ele e Fernando Haddad (PT) marcados por canais de TV pegou de surpresa as redações.
O Terra destacou em manchete: ‘Bolsonaro não irá a 4 debates do 2º turno, dizem médicos’, em texto de Leonencio Nossa e Yan Boechat.
O campeão de votos do primeiro turno vai desfalcar os debates agendados por Band (nesta quinta, dia 11), TV Gazeta de São Paulo (dia 14), RedeTV! (dia 15) e SBT (dia 17).
A equipe responsável pelo tratamento do deputado federal, ferido a faca no atentado sofrido dia 6 de setembro, informou que ele será liberado a cumprir compromissos externos somente a partir do dia 18.
O debate na RecordTV está marcado para o dia 21. O último e mais aguardado, na Globo, dia 26. Coincidentemente, as duas emissoras com maior audiência do País.
Resta saber se os quatro primeiros debates serão cancelados ou haverá uma espécie de entrevista coletiva com Haddad.