Autor de novelas Manoel Carlos apresenta piora no quadro de saúde aos 91 anos
Família do escritor relata momento delicado enquanto ele lida com os efeitos avançados do Parkinson
Agravamento do quadro clínico
O escritor Manoel Carlos, autor de novelas como "Laços de Família" (2000), "Mulheres Apaixonadas" (2003) e "Páginas da Vida" (2006), apresenta uma piora em seu estado de saúde devido ao avanço da doença de Parkinson aos 91 anos de idade. A informação foi divulgada pela produtora Boa Palavra, fundada pelo autor e administrada por sua filha, Júlia Almeida.
De acordo com o comunicado, o autor enfrenta um comprometimento motor e cognitivo mais grave nos últimos meses. A nota solicita que amigos e admiradores respeitem o momento delicado e evitem visitas: "Manoel Carlos enfrenta uma piora em seu estado geral devido à doença de Parkinson. Segundo a dra. Roberta Zani, médica responsável: 'Estamos focados no manejo dos sintomas para garantir o máximo de conforto neste momento delicado'".
Amparo familiar e cuidados especializados
A família reforçou que Manoel Carlos está recebendo tratamento em casa. "Ele está sob cuidados médicos especializados e recebe suporte integral de sua esposa, Bety, e da filha, Júlia, em um ambiente tranquilo e protegido. A família agradece o carinho e solicita que visitas sejam evitadas. Atualizações divulgadas se necessário", informa o comunicado.
Declarações anteriores sobre o legado do autor
Em maio de 2024, Júlia Almeida falou ao jornal "O Globo" sobre o estado de saúde do pai e destacou o cuidado constante ao longo dos anos. "É uma doença tratável. Ele está muito bem assessorado por médicos e tem acompanhantes. Está sendo cuidado direitinho, tem minha mãe ao lado dele. Ela se aposentou junto com ele", afirmou.
Júlia também comentou sobre sua missão de preservar o trabalho de Manoel Carlos, que não escreve uma novela desde "Em Família" (2014). "A partir daí, me deram essa missão, que estou assumindo com muita responsabilidade e amor. O que ele quer mesmo é que o trabalho dele continue para as outras gerações. Eu entendi o que foi passado para mim."
A filha ressaltou o papel de parceria dos pais ao longo das décadas. "No começo do ano passado, meu pai sentou comigo e explicou que estava aposentado, minha mãe também. Ele quis as coisas dele organizadas. Estava uma bagunça. Fui criada vendo meu pai e minha mãe trabalhando juntos, como parceiros, criando e construindo esse legado."
Júlia acrescentou que pretende reunir e divulgar materiais inéditos do acervo do pai. "Minha missão é reunir esses arquivos todos, não só os que já viram, porque tem muita coisa nova, e fazer com que a nova geração tenha acesso à marca do Manoel Carlos. Ele está deixando um legado muito importante para o nosso país, não só para a história da televisão brasileira, mas para todos nós", concluiu.