A Fazenda 9: boa ideia que se tornou uma chatice de assistir
Edição com ex-participantes de vários realities é um show de rabugice
Mau humor é a característica marcante desta nona edição de ‘A Fazenda’, chamada ‘Nova Chance’. A irritação está no confinamento e, possivelmente, entre muitos telespectadores.
A hashtag #chateado serve para definir a atração. Quase todos os participantes demonstram desânimo e/ou nervosismo permanente.
Há três semanas no ar, o programa ainda não cumpriu a função básica de um reality show: entreter. Por enquanto, exibiu apenas uma série de brigas, reclamações e intrigas.
Esses componentes até poderiam ser interessantes de se assistir, mas nesta ‘Fazenda’ tudo parece aborrecido e inerte. Falta dinamismo aos competidores e também ao roteiro.
Até o acompanhamento de um churrasco vira motivo para discussões arrastadas que servem somente para preencher o vazio de acontecimentos divertidos.
A ideia de reunir ex-participantes de reality shows – a maioria deles com carreira artística – poderia render uma atração vibrante e mais competitiva do que com anônimos de primeira viagem.
Contudo, o que se vê em ‘A Fazenda 9’ são veteranos pouco dispostos a oferecer um espetáculo televisivo ao público. Quase todos demonstram estranha apatia e exagerada má vontade na convivência.
Alguns passam boa parte do tempo sob o edredom. Não no sentido sexualizado popularizado no ‘Big Brother Brasil’, e sim para cochilar após intermináveis resmungos.
Às vezes, o reality show com artistas mais parece uma rehab para neurastênicos. As reclamações sobre tudo e todos dominam a edição.
O problema está, indiscutivelmente, na escalação do elenco. Agora resta à direção do programa encontrar maneiras de animar os competidores e oferecer uma experiência realmente prazerosa ao telespectador.
Com muito chão pela frente, a ‘Fazenda 9’ precisa urgentemente de uma nova chance.