Âncora gay da CNN acusado de assediar homem em bar
Vítima de abuso na infância, Don Lemon tem imagem abalada no momento em que recrudesce críticas a Trump na TV
Aproximar-se de um desconhecido, acariciar vigorosamente os próprios órgãos genitais sobre a bermuda, esfregar os dedos no nariz do indivíduo e, em seguida, perguntar usando termos chulos: “Você gosta de pênis ou vagina?”
Essa é a descrição do assédio que supostamente teria sido cometido por um dos mais famosos e respeitados jornalistas da televisão norte-americana, Don Lemon.
A denúncia foi feita por um garçom chamado Dustin Hice. O episódio teria ocorrido em uma vila dos Hamptons, balneário perto de Nova York frequentado por ricos, famosos e poderosos.
O rapaz estaria em tratamento psicológico por conta do ocorrido e teria se demitido do emprego por não suportar o bullying praticado por colegas.
Lemon, 53 anos, é âncora do Tonight, um dos programas de maior audiência do horário nobre da CNN. O apresentador nega a acusação.
A emissora acionou advogados para defendê-lo e sugeriu que o acusador estaria apenas interessado em negociar uma indenização milionária.
De acordo com a TV, ele poderia ter agido também por ódio ao canal de notícias. Uma rede social de Hice – posteriormente excluída – teria críticas contundentes ao jornalismo liberal da CNN.
Don Lemon é abertamente anti-Trump. Dispara comentários contra o presidente todas as noites. Às vezes, recorre ao deboche. Ele tem feito uma cobertura favorável ao impeachment.
O principal âncora negro dos Estados Unidos se assumiu homossexual em 2011, quando lançou um livro de memórias.
“Estou falando sobre algo que pode afastar as pessoas de mim, me jogar no ostracismo”, declarou na época. “Ser gay é delicado para um homem afro-americano.”
No ano passado, Lemon fez outra confissão: disse ter sido vítima de abuso sexual na infância. Ele contou à família somente quando completou 30 anos.