Apresentadora mais poderosa do mundo recusa enfrentar Trump
Aos 64, Oprah é capa da ‘Vogue UK’ e diz que concorrer à Presidência dos EUA poderia causar sua morte
Com uma fortuna de 3 bilhões de dólares (cerca de 12 bilhões de reais), a norte-americana Oprah Winfrey é a apresentadora de maior prestígio do planeta.
Tanto que passou a ser incentivada pelos colegas artistas e por milhões de fãs anônimos a concorrer ao cargo mais poderoso do mundo: o de presidente dos Estados Unidos.
Seus compatriotas do Partido Democrata a veem como possível primeira mulher a chefiar a maior potência militar da Terra.
Mas Oprah, que por algum tempo até cogitou a ideia, anunciou a decisão de não se envolver em política – por enquanto.
“Todas as não-verdades, a mesquinhez, as coisas que acontecem pelas costas... Eu não seria capaz de aguentar. Isso tudo me mataria”, disse à versão britânica da Vogue.
Oprah é capa da edição de agosto. Aliás, uma capa que ressalta sua influência imensurável. A apresentadora, que tem seu próprio canal de TV nos Estados Unidos, o OWN, conseguiu transpor a polêmica racial e se tornar adorada pelas famílias brancas da América e faz sucesso também na Europa.
Além disso, é uma referência de superação da pobreza e do racismo para a população negra. De família humilde, ela foi vítima de abuso sexual, sofreu discriminação ao começar a trabalhar em TV e enfrentou ‘fake news’ difamatórias a seu respeito muito antes de o termo se popularizar.
Hoje, é mais do que uma celebridade. Anualmente, investe milhões de dólares em projetos de educação para crianças carentes em seu País e na África, e financia produções de cineastas negros. Seu objetivo é minimizar a segregação racial que ainda machuca profundamente os Estados Unidos.
Ainda que diplomática, a estrela da TV costuma reagir às declarações controversas – e não raro interpretadas como racistas, misóginas e xenofóbicas – de Donald Trump.
No início deste ano, ela conduziu uma edição especial do tradicional programa de reportagens ‘60 Minutes’, do canal CBS, a respeito da maneira como o republicano comanda os Estados Unidos.
Trump, que pretende tentar a reeleição em 2020, reclamou da edição e aproveitou para alfinetar a poderosa artista: “Espero que Oprah concorra à Presidência para que possa ser exposta e derrubada”.
Mas nem ele ousa desprezar publicamente a rainha da mídia norte-americana. “Gosto da Oprah”, disse em algumas entrevistas.
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