Avó de 41 anos xingada por vender nudes: “Inveja e machismo”
Americana Alice Vasquez criou ‘negócio sexy’ na internet após perder renda por conta da pandemia
Os nativos em inglês criaram um termo para designar a mulher que é muito jovem e sensual para ser chamada de vovó. Trata-se de ‘glamma’, mistura de ‘glamorous’ (glamourosa) com ‘grandma’, diminutivo de ‘grandmother’ (avó). É assim que a norte-americana Alice Vasquez se define. Ela foi mãe aos 16 anos e avó aos 32. Hoje, aos 41, tem três netos e milhares de fãs nas redes sociais, além de numerosos ‘odiadores’.
Nos últimos anos, a avó-gata apareceu várias vezes na mídia dos Estados Unidos e da Europa, sempre elogiada por sua beleza e boa forma. As matérias do momento destacam os ataques virtuais que ela passou a sofrer após a revelação de que tem um perfil em uma famosa plataforma de venda de conteúdo erótico. Os pagantes têm acesso a fotos e vídeos sensuais da vovó-musa.
Ao jornal britânico ‘Daily Star’, Alice Vasquez explicou a entrada nesse universo tão polêmico quanto curioso. “A pandemia afetou a minha empresa de coaching de lifestyle e me vi obrigada a procurar outra fonte de renda”, disse. “Ficar em casa sem ganhar dinheiro não é meu estilo. Sou empreendedora.”
No Instagram, ela é alvo de conservadores e ganhou inúmeros ‘haters’. Muitas críticas partiram de mulheres indignadas com o novo ganha-pão da professora de yoga e meditação. Denúncias fizeram sua conta ser bloqueada algumas vezes depois de postar fotos vestindo maiô e biquíni a fim de divulgar sua página direcionada a assinantes maiores de 18 anos.
“As pessoas adoram odiar qualquer mulher que tente se promover dessa maneira”, afirma. Alice enxerga “inveja” e “machismo” em quem a insulta e tenta prejudicá-la. “Meus verdadeiros fãs me apoiam”, conta. “Recebo muitas mensagens de agradecimento pela motivação que dou aos outros. Minha vida inspira, então fico feliz.”
Em todas as redes sociais e em aplicativos de vídeos como o TikTok se nota preconceito contra mulheres que exibem sua sensualidade sem pudor. A situação piora com as que passaram dos 40 anos e exibem silhueta fora do padrão visto pela sociedade como ‘ideal’. Tornam-se alvo de comentários recheados de ageísmo, a discriminação relacionada à idade.