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BBB17 se tornou uma interminável DR entre Marcos e Emilly

Demais participantes do reality show apenas orbitam em torno do casal em crise

15 mar 2017 - 09h03
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Desde a primeira edição, em 2002, os participantes do Big Brother Brasil têm uma equipe de psicólogos à disposição. Este BBB17 exige a presença urgente de um terapeuta de casal.

As discussões diárias de Emilly e Marcos são a principal – talvez única – atração da casa. Os demais competidores giram, atordoados ou enfadonhos, em torno da órbita do dueto em constante crise.

No início da madrugada desta quarta-feira (15), em mais um show verborrágico, o cirurgião-plástico desabafou: “Já cheguei ao ponto de colocar os dedos no ouvido, porque eu não aguento mais”.

Muitos telespectadores vivem o mesmo drama – a impaciência provocada pela repetitividade – ao acompanhar o reality show. O que era para ser um jogo ardiloso por um prêmio em dinheiro se transformou numa infindável DR com milhões de testemunhas oculares.

Marcos e Emilly: ao invés de diversão, infindáveis discussões
Marcos e Emilly: ao invés de diversão, infindáveis discussões
Foto: Paulo Belote/TV Globo / Divulgação

O casal tem carisma, mas falta aquela pitada de cumplicidade e bom humor dos romances mais divertidos vistos no programa. Em outro round, Marcos propôs um acordo a Emilly: “Te desafio a ser feliz. Te desafio a ficar 24 horas sem brigar”. O público agradeceria o empenho de ambos em cumprir essa meta.

É necessário admitir a relevância de alguns diálogos, especialmente aqueles nos quais a estudante confronta supostas atitudes machistas do companheiro.

Ao pedir que Marcos apontasse suas qualidades e ouvir dele “inteligente e bonita”, Emilly o contestou. “Tu só vê isso?”. “Eu tenho culpa de ver ‘só’ isso? ‘Só’? Pra mim, tá bom”, rebateu o médico. Anteriormente, o brother ressaltara outros pontos positivos: “Você beija bem, transa legal”. Muitos internautas consideraram esse comentário sexista.

Numa rara conversa amigável entre os dois, a gaúcha disse ter interesse em estudar psicologia ou psiquiatria. Ela já ganhou um estágio informal no BBB: o que se vê ali é quase um experimento científico da dificuldade de convivência entre pessoas com e sem afinidades.

O Big Brother Brasil sempre teve casais em guerra. Basta lembrar dos quiproquós de Franciele e Diego (BBB14), Natália e Yuri (BBB13), Juliana e Dourado (BBB4), Thyrso e Manuela (BBB2), entre tantos outros.

Mas nenhum com o mesmo nível de estresse como acontece com Emilly e Marcos. São horas e horas e horas de confrontação cotidiana. “O amor é cura, mas também é loucura”, explica Freud.

Essa mistura de conflito conjugal com pasmaceira generalizada não tem feito bem à audiência do BBB17. Há quase dois meses no ar, a atração tem média de 22 pontos, uma das mais baixas dos últimos anos. O reality show precisa de menos DR e mais diversão.

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