Bolsonaro 'vira' vilã Carminha na sátira Avenida Brasília
Criador de deepfakes Bruno Sartori ainda transformou o ex-ministro Sergio Moro na vingadora Nina
Avenida Brasil é um fenômeno de audiência no Vale a Pena Ver de Novo. Alguns capítulos colocaram a reprise no ranking diário dos cinco programas mais vistos da TV. O jornalista e deepfaker Bruno Sartori pegou carona nesse sucesso e criou mais um vídeo polêmico com protagonistas da política.
Desta vez, a sátira Avenida Brasília coloca Jair Bolsonaro e Sergio Moro em uma das principais cenas do folhetim da Globo, exibido originalmente em 2012: Nina (Débora Falabella) encurrala sua inimiga Carminha (Adriana Esteves) com fotos da vilã nos braços de seu amante Max (Marcello Novaes) em porta-retratos espalhados na mansão de Tufão (Murilo Benício).
Na versão farsesca, o rosto do presidente foi colocado no de Carminha e a fisionomia de Moro no lugar da face de Nina. Os porta-retratos mostram prints de conversas em app de mensagem, em alusão ao vazamento feito pelo ex-juiz da Lava Jato ao se demitir e disparar contra o ex-chefe no Planalto.
O texto de um dos prints foi tirado de uma conversa tensa entre Rafa e Flayslane no BBB20, quando a influencer chamou a cantora de "incoerente", "falsa" e "soberba" e ainda disse "não gosto de você".
No vídeo de humor, após Carminha/Bolsonaro demonstrar surpresa e apreensão com os prints, Moro/Nina pergunta, sarcástico: "E aí, gostou?" Em seguida, outra sequência da novela mostra Carminha/Bolsonaro gritando "Desgraçado! Inferno! Inferno!"
Bruno Sartori se tornou famoso na internet e foi entrevistado em alguns programas de TV, incluindo o Conversa com Bial, de Pedro Bial, para explicar a técnica de deepfake, que usa inteligência artificial para reproduzir a aparência, as expressões e a voz de uma pessoa em outra. As produções do jornalista debochando do presidente Jair Bolsonaro já renderam mais do que likes e milhões de visualizações: foi xingado e ameaçado. Ele disse não se abalar com os ataques e pretende continuar a fazer vídeos inspirados no tragicômico mundo político do Brasil.
Assista a uma das sátiras: