Caçula de Michael Jackson defende a honra do pai difamado
Filho do Rei do Pop desiste de ser youtuber e agora quer rebater as acusações de crimes sexuais contra o cantor
Os cabelos longos são os mesmos, mas de resto quase tudo mudou em Prince Michael Jackson II, o filho mais novo do inesquecível ídolo da música, morto aos 50 anos em 2009. O rapaz apelidado pelo pai de Blanket (cobertor, em inglês) cresceu, mudou o nome para Bigi e tentou ser influenciador digital. Chegou a criar um canal no YouTube para comentar filmes, mas durou pouco. Ele voltou a querer distância das câmeras e da fama.
De acordo com o primo TJ Jackson, Bigi se revoltou com o crescente boicote internacional à obra musical de Michael Jackson em consequência de novas acusações de abuso sexual de crianças e adolescentes apresentadas no documentário Leaving Neverland, exibido no Brasil no canal HBO. Ele se manteve mudo durante semanas após assistir ao programa. O caçula do Rei do Pop não acredita nos dramáticos relatos de pedofilia. Acha que as vítimas querem apenas visibilidade na mídia e ganhar dinheiro.
De acordo com parentes, Bigi ficou deprimido. Nem quis uma grande festa para comemorar os 18 anos, em fevereiro deste ano. Hoje, pouco sai da mansão comprada recentemente em Calabasas, região de milionários e hollywoodianos a oeste de Los Angeles. Enquanto os irmãos mais velhos, Prince Michael Jackson I, de 23 anos, e Paris, 22, têm vida social agitada e atendem a imprensa com simpatia, Bigi prefere viver recluso e evita a mídia por não confiar em jornalistas. "Ele é engraçado e gentil, mas gosta de privacidade", revelou a irmã.
O filho mais parecido com Michael Jackson deseja restaurar a biografia do pai. De acordo com parentes, ele estaria disposto a gastar milhões de dólares com advogados a fim de 'limpar' o nome do cantor e impedir que novas denúncias virem manchetes sensacionalistas. A maioridade fez Bigi ter acesso à maior parte da herança deixada pelo astro da música e aos pagamentos regulares por direitos autorais.
Aquele garotinho frágil visto por milhões de telespectadores no velório de Michael Jackson é, hoje, um dos jovens mais ricos dos Estados Unidos. Contudo, seu padrinho, o ex-ator britânico Mark Lester, teme que o rapaz sofra por estar sempre à sombra do pai lendário e venha a ter uma vida solitária e infeliz. "Quando você é muito rico, fica excessivamente cauteloso e desconfiado em relação a todas as pessoas. É triste que o dinheiro o impeça de ter bons amigos", diz. "Bigi sempre foi protegido de tudo e todos. Viver tão isolado não é bom."