Casal real vai de ‘queridinho da mídia’ a ‘chato e esnobe’
Harry e Meghan deveriam seguir o exemplo da falecida princesa Diana ao lidar com sites e tabloides de fofocas
Diana Spencer pegava o telefone fixo de seu apartamento no Palácio de Kensington e ligava diretamente para alguns editores de tabloides sensacionalistas.
A própria princesa passa ‘furos’ (informações exclusivas, no jargão jornalístico) e cobrava retratações por matérias mentirosas a seu respeito.
Na década de 1990, entre os repórteres que cobriam a monarquia britânica, ela tinha fama de manipuladora.
Mas, diante dos repórteres e do público, Diana se apresentava como vítima da mídia – e os súditos acreditavam cegamente em sua lamúria.
A babá e professora de jardim de infância se transformou na mulher mais caçada pela imprensa no planeta.
Ao perceber que jamais derrotaria os grandes conglomerados de comunicação, a princesa do povo decidiu ser mais esperta que o inimigo.
Essa astúcia falta a seu filho caçula, Harry, e à mulher dele, a ex-atriz americana Meghan.
O duque e a duquesa de Sussex foram de queridinhos do Reino Unido – na época do casório de conto de fadas, em 2018 – a casal mais detestável do momento.
Harry afirma que jornais, revistas e portais de notícias fazem “campanha implacável” contra Meghan.
Disse temer que “a história se repita”, em referência à perseguição midiática sofrida pela mãe, Diana, morta em acidente de carro, em Paris, há 22 anos, quando fugia dos paparazzi.
O príncipe processou o jornal Mail on Sunday por ter publicado uma carta privada de Meghan ao pai dela.
Na mensagem, a duquesa pediu que Thomas Markle pare de mentir nas entrevistas a respeito da relação tumultuada que ela tem com a família paterna – os parentes encrenqueiros e difamadores nem foram convidados para o casório.
Por essa e outras atitudes, o jovem casal da dinastia Windsor passou a ser visto como esnobe e superficial. Antes descrita como a possível nova Diana, Meghan agora é tratada como megera.
Toda vez que a família real declarou guerra à imprensa, saiu derrotada pouco tempo depois. A rainha Elizabeth, hoje com 93 anos, aprendeu a lição logo que ascendeu ao trono, como mostrou a série The Crown, da Netflix.
No Reino Unido, a mídia de fofocas se tornou uma instituição, assim como a própria monarquia. Ao tentar demonizar os tabloides que os ajudaram a ser tão populares mundo afora, Harry e Meghan só vão conseguir uma coisa: gerar mais antipatia.
Diana aprendeu rápido a tática usada por um dos maiores estadistas de todos os tempos, Abraham Lincoln: “Eu destruo meus inimigos quando faço deles meus amigos”.