Covid-19 mata artistas no Brasil e em outros países
Perdas por complicações provocadas pelo novo coronavírus comovem a TV, o cinema, o teatro, a música e a alta gastronomia.
Nomes conhecidos passam a constar na lista de vítimas fatais da pandemia de covid-19. A doença resultou na morte do ator Mark Blum, 69 anos, famoso por ter atuado nos filmes Procura-se Susan Desesperadamente (1985), Crocodilo Dundee (1986) e Encontro às Escuras (1987). Ele também participou de séries de sucesso como Billions (2020), Succession (2018-2019) e Você (2018).
Outro que sucumbiu à doença foi o dramaturgo Terrence McNally, ganhador de 4 prêmios Tony, o Oscar do teatro norte-americano. Estava com 81 anos. Assumidamente gay, militou pelos direitos LGBTs e em defesa da dignidade de pacientes de Aids.
Um dos precursores do afrojazz, o camaronês Manu Dibango, conhecido como Pappy Grove, contraiu o coronavírus durante uma temporada em Paris e morreu poucos dias depois. Tinha 86 anos. Outra morte pela covid-19 no cenário artístico foi a de Mona Foot, de 50 anos, uma das drag queens mais celebradas na noite de Nova York. Portadora do HIV, ela teve a saúde abalada pelo novo coronavírus e não resistiu às complicações.
O fervilhante mundo da gastronomia ficou abalado com a morte do chef indiano Floyd Cardoz, de 59 anos. Ele comandava três empreendimentos em Nova York. Entre eles, o elogiado The Bombay Bread Bar, no SoHo. Colapsou pela doença respiratória que abala o planeta.
No Brasil, o universo da música foi surpreendido pela notícia da morte da maestrina Naomi Munakata, aos 64 anos, também em consequência da covid-19. Ela era regente titular do Coral Paulistano e membro da Escola Municipal de Música de São Paulo. A direção e os profissionais da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) lamentaram a perda.
Ainda no meio erudito foi registrado o falecimento do maestro Martinho Lutero Galati de Oliveira. Criador do Coro Luther King, ele dirigiu o Coral Paulistano Mário de Andrade, do Teatro Municipal, entre 2013 e 2016.