Despudorada, Anitta se arrisca com superexposição da imagem
Cantora parece partir para o tudo ou nada ao lançar vários clipes simultaneamente e não blindar a vida íntima
Anitta quer conquistar fama planetária, não há dúvida. E indica ter muita pressa.
Acaba de lançar o novo álbum, Kisses, com um clipe para cada uma das 10 músicas.
Disponibilizar o material completo em vídeo ao mesmo tempo é uma ousadia e, sem dúvida, um alto risco.
O excesso pode banalizar. São tantos clipes – com quase sempre as mesmas caras e bocas, e algumas melodias bastante similares – que um acaba roubando o protagonismo do outro.
Sem foco, perde-se o destaque. Por quanto, a obra não atingiu repercussão explosiva, porém, gerou imensurável publicidade espontânea.
Em um aspecto funciona bem: há centenas de vídeos com comentários e ‘reacts’ (reações) aos clipes no YouTube.
Muita gente aproveita a ocasião para, de carona na curiosidade que Anitta desperta, conseguir impulsionar seu próprio canal. Mais cliques = mais popularidade e monetização maior.
A artista brasileira sabe que, hoje, na era da imagético, a construção visual é tão ou mais importante do que a música em si.
Em seu projeto de conseguir sucesso internacional, recorre o despudor em relação à vida privada.
Anitta passou a falar abertamente a respeito de ‘ficadas’, se deixou flagrar em várias companhias e faz de seu perfil no Instagram um olho mágico pelo qual se pode espiar sua intimidade picante.
Funkeira determinada a ser pop star sem fronteiras, a carioca paga o risco da autoexposição exagerada. Nem aí aos críticos e ‘haters’, quer mesmo é estar na boca (e na tela do celular) do povo.
Por enquanto, não dá para afirmar que está errada. Essa estratégia abusada tem funcionado.
Resta saber até onde Anitta chegará – já foi mais longe do que qualquer artista brasileiro que sonhou com o mercado mundial da música.
Veja também: