Diretora transexual escala galãs gays para Matrix 4
Filme protagonizado por Keanu Reeves poderá ter mensagem contra a intolerância por gênero e orientação sexual
Dias atrás, viralizaram nas redes sociais vídeos das primeiras filmagens de Matrix 4, feitos por moradores e turistas em São Francisco, na Califórnia. A locação não foi escolhida ao acaso: trata-se da capital gay norte-americana, palco de grandes manifestações na luta pelos direitos civis dos LGBTQ+.
A franquia Matrix foi criada pelas irmãs transgêneras Lana Wachowski e Lilly Wachowski quando ainda não haviam transicionado. O novo projeto é tocado apenas por Lana, de acordo com informações da produção. Lilly teria colaborado com ideias para o roteiro.
Estrelado por Keanu Reeves, ícone dos gays desde o filme Garotos de Programa (1991), o novo filme de ficção científica tem no elenco principal vários representantes famosos da comunidade 'queer' americana. A começar por Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother / American Horror Story: Freak Show / Desventuras em Série) e Jonathan Groff (Glee / Mindhunter / Frozen).
Um dos protagonistas da série pró-diversidade sexual Sense8 (também das Wachowskis), da Netflix, Brian J. Smith também foi confirmado no longa. O galã de 38 anos revelou ser homossexual à revista gay britânica Attitude, no final de 2019.
Além da representatividade no time de astros, especula-se que a quarta parte de Matrix, com estreia prevista para maio de 2021, terá na trama pós-apocalíptica mensagens contra a intolerância que na vida real agride e mata gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais.
Lana Wachowski, hoje com 53 anos, se considera uma sobrevivente. Na juventude, a cineasta chegou a pensar em suicídio por conta da opressão sofrida por seu comportamento social não heteronormativo. Ela se apresentou publicamente como mulher trans em 2012.