Guga Chacra se emociona ao comentar tragédia em Beirute
Descendente de libaneses, jornalista da GloboNews morou na cidade atingida por grande explosão
No final do Em Pauta de terça-feira (4), Guga Chacra segurou as lágrimas ao se despedir da âncora Aline Midlej e dos outros comentaristas do programa da GloboNews. O jornalista paulistano de 44 anos, hoje morador de Nova York, foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo em Beirute, parcialmente destruída por intensa explosão em sua área portuária.
Por volta das 23h40, ao participar do Jornal das 10, ele enfim se entregou à emoção. Levou as mãos aos olhos para evitar um choro ao vivo. Foram poucos segundos, porém, intensos e comoventes. Ao longo de 6 minutos, o jornalista explicou a diversidade étnica e religiosa de Beirute e das cidades próximas. A empolgação em detalhar a riqueza cultural do Líbano o fez falar mais rápido do que o habitual e gesticular bastante. O âncora Heraldo Pereira agradeceu pelo show de conhecimento compartilhado com os telespectadores.
Guga Chacra se emociona ao falar sobre a explosão em Beirute nessa terça (04) pic.twitter.com/RYpcVaIb3A
— Mídias HG (@MidiasHG) August 5, 2020
Mestre em Relações Internacionais pela Columbia University, Guga Chacra é um dos jornalistas com mais conhecimento sobre o Oriente Médio e mundo árabe na televisão brasileira. Coincidentemente, ele postou na segunda-feira (3), em seu blog na plataforma de O Globo, um texto a respeito das crises econômica e política que afetam o Líbano nos últimos tempos.
Após a divulgação ao planeta das imagens da catástrofe, captadas por moradores assustados, o comentarista usou o Twitter para manifestar perplexidade por mais essa dificuldade a ser enfrentada pela nação chamada de 'a pérola do Oriente Médio'. "Triste. Quem me segue sabe o carinho que tenho pela capital libanesa", escreveu.
Em vídeo disponível em seu canal no YouTube, o correspondente — bisneto de imigrantes libaneses — diz ter ido a Beirute pela primeira vez no final da década de 1990, em viagem familiar. Contou que, a princípio, achou a capital do Líbano confusa, assim como é São Paulo na visão de quem a visita pela primeira vez.
Mas logo se encantou com a cidade banhada pelo Mediterrâneo: os bairros com forte influência de diferentes religiões, a comida típica (bastante apreciada em São Paulo), os vinhos da região. "Para completar, claro, o povo libanês. Vale muito conhecer o Líbano. Não tem nenhum País como esse. Como disse o The New York Times certa vez, há uma eterna mágica em relação ao Líbano."