O dia que Jojô fez a mãe de uma racista chorar de vergonha
Participante de ‘A Fazenda 12’ foi xingada de macaca assim como outros negros famosos
Os relatos da vida de Jojô Todynho são uma atração à parte no reality show da RecordTV. Há histórias curiosas, engraçadas e também dramáticas. Um dos episódios contados pela peoa envolve racismo na infância. A prática de discriminação racial entre crianças é um tema pouco abordado nas famílias, nas escolas e na mídia, mesmo sendo parte da rotina de milhões de pequenos brasileiros.
“Uma vez me estressei com uma menina da minha rua”, contou. “Falei que ia dar uma coça nela, aí a mãe dela foi lá dizendo que eu estava ameaçando a filha dela.” Pressionada, Jojô contou para a tal mulher o motivo do desentendimento. “Toda vez que eu passava, ela (a garota) me chamava de macaca. Toda vez. Aí eu falei para ela: ‘Você vai ver como a macaca fica quando come banana.”
Ao entender a situação, a reclamante teve reação surpreendente. “A mãe da menina chorava, chorava. ‘Me perdoe, eu não sabia disso’, disse para mim.” Alguns colegas de confinamento ficaram chocados com o relato e manifestaram solidariedade a Jojô. Vários outros famosos viveram situação semelhante de intolerância no dia a dia e também foram xingados de macaco.
O ator Kaik Pereira, de Chiquititas e Escrava Mãe, recebeu a ofensa em uma rede social. Famoso por atuar em novelas da Globo, JP Rufino flagrou o xingamento ao fazer uma live. Em 2014, um ato racista no futebol repercutiu mundo afora. Durante uma partida na Espanha, um torcedor jogou uma banana na direção de Daniel Alves, do Barcelona. Para surpresa de todos, o jogador pegou a fruta do gramado e a comeu. O gesto irônico de enfrentamento contra a discriminação gerou a campanha antirracista Somos Todos Macacos.
Ainda em A Fazenda 12, Jojô se envolveu em uma discussão sobre racismo com o cantor Biel. Rivais no jogo, o peão questionou se a funkeira não gosta dele por ser branco e quis defender a teoria de preconceito ao contrário. “Racismo não é só do branco para o negro”, disse o cantor. “Racismo reverso não existe”, explicou a funkeira. “Nunca será como o racismo do branco (contra o negro)”.