Presença de Harry na TV americana é tapa na cara da rainha
Príncipe busca popularizar sua imagem ao aparecer em programas dos apresentadores James Corden e Oprah Winfrey
Na quinta-feira (25) à noite, ao surgir no ‘The Late Late Show’, do canal americano CBS, em entrevista ao comediante James Corden, o príncipe Harry deu mais um golpe na já estremecida relação com a avó, a rainha Elizabeth, o irmão, príncipe William, e a monarquia britânica em geral.
Pelo protocolo real, membros do clã Windsor não podem se expor em programas de TV. Muito menos sem autorização de Vossa Majestade. Mas Harry herdou o espírito transgressor da mãe, a princesa Diana, e demonstra sentir prazer em romper tradições e desafiar a dinastia da qual faz parte.
Nova provocação acontecerá no próximo dia 7. Naquele domingo, a rainha fará o pronunciamento anual em comemoração ao Commonwealth Day, dia de celebração entre os povos que a têm como soberana. A transmissão será pelo canal BBC. Mas Elizabeth II será ofuscada pelo neto rebelde.
Toda a atenção estará voltada para a entrevista de Harry e Meghan para a mais famosa e influente apresentadora do planeta, Oprah Winfrey. A conversa gravada semanas atrás será exibida na CBS uma hora depois da mensagem da rainha. Uma afronta imperdoável na avaliação da família real.
Ao trocar Londres por Los Angeles, a terra das estrelas do cinema e da TV, Harry e Meghan buscam ampliar a visibilidade na mídia. Agora sem ajuda financeira do reino, eles dependem da própria imagem para ganhar dinheiro e manter um padrão de vida caríssimo. Aparecer na televisão ajuda a torná-los ainda mais populares e lucrativos.
O casal tem contrato com a Netflix no valor de 150 milhões de dólares, o equivalente a R$ 840 milhões, para a produção de documentários, séries e outras atrações ao longo de vários anos. O duque e a duquesa de Sussex querem se tornar uma grife no audiovisual.
Tal objetivo é considerado vulgar e ultrajante pelos parentes do príncipe, que preferem viver na bolha utópica de seus palácios e castelos. A opção de Harry pelo ‘mundo real’ diante das câmeras lembra a escolha de Diana, que viu na superexposição uma maneira de se libertar do cabresto da realeza e, ao mesmo tempo, se vingar da ex-sogra, a rainha, que tem pavor do universo badalado das celebridades.
O papo do príncipe rebelde com James Corden foi descontraído, sem revelações impactantes. Mero show de entretenimento. Prevê-se que a conversa com Oprah Winfrey, amiga íntima de Meghan, seja bem mais intensa, com declarações potencialmente polêmicas a respeito do lado obscuro da família real. Recomenda-se que preparem um chá calmante para a rainha.