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Público esqueceu as novelas e só fala dos filmes da Netflix

Produções como Bird Box e Roma repercutem nas redes sociais enquanto os folhetins da TV passam despercebidos

28 dez 2018 - 12h58
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Bird Box foi um dos assuntos mais comentados na internet nos últimos dias
Bird Box foi um dos assuntos mais comentados na internet nos últimos dias
Foto: Netflix / Divulgação

Vivemos novos tempos. Antes, as novelas dominavam o ‘boca a boca’ nos quatro cantos do País.

Agora, as produções originais da Netflix é que estimulam as conversas presenciais e virtuais.

Basta deslizar a timeline da sua página no Facebook ou no Twitter para ver incontáveis notícias, memes e comentários a respeito de longas e séries lançados pelo gigante do streaming.

Nos últimos dias, houve uma divisão radical entre quem amou e os que odiaram a versão audiovisual do livro Bird Box protagonizada por Sandra Bullock.

O filme dirigido pela cineasta dinamarquesa ganhadora do Oscar Susanne Bier gerou muitas matérias na imprensa e até discussões em programas de TV, além de incontáveis vídeos de youtubers.

Outro longa com o selo Netflix, Roma, do diretor mexicano e também oscarizado Alfonso Cuarón virou a joia cinematográfica do ano na opinião da maioria dos assinantes do serviço e da crítica.

Outras atrações recentemente disponibilizadas na plataforma, como os filmes Mogli: Entre Dois Mundos e Legítimo Rei e a série Elite também ganharam espaço valioso na imprensa e nas mídias sociais.

Enquanto isso, na velha TV aberta, o gênero que mais suscitava engajamento vive um período de quase indiferença por parte dos telespectadores.

O filme mais elogiado do ano, Roma, não foi feito para cinema ou TV, e sim para exibição na Netflix
O filme mais elogiado do ano, Roma, não foi feito para cinema ou TV, e sim para exibição na Netflix
Foto: Netflix / Divulgação

As novelas atuais da Globo, RecordTV, do SBT e Band não suscitam o mesmo entusiasmo de outros tempos.

O maior termômetro disso é a baixa quantidade de posts de usuários de redes sociais a respeito de tramas como Espelho da Vida, O Sétimo Guardião e Jesus.

Os folhetins ainda têm audiência relevante e são fonte de ótimo faturamento, porém perderam poder de mobilização.

Produções de canais pagos e streaming passaram a ser o novo foco de interesse de milhões de brasileiros que desistiram de acompanhar as novelas tradicionais.

Caso aconteça um fenômeno parecido com o que foram Avenida Brasil (2012) e Os Dez Mandamentos (2015), o interesse em palpitar certamente vai ressurgir.

Somos uma nação com 210 milhões de noveleiros. Alguns devotados, outros infiéis.

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