Record e SBT rivalizam décimo a décimo no Ibope das novelas
Emissoras precisam de um fenômeno para sair da estagnação na teledramaturgia
Atualmente, a novela inédita com menor média de audiência da Globo é ‘Malhação’. A temporada ‘Viva a Diferença’ está com 21 pontos no Ibope – excelente índice para a faixa das 17h45 e mais que o dobro de público das produções mais bem-sucedidas da concorrência no momento.
‘O Rico e o Lázaro’ (Record) e ‘Carinha de Anjo’ (SBT) têm 10 pontos de média. Não é um número negativo, mas está longe de atingir sucessos anteriores.
O último fenômeno da emissora do bispo Edir Macedo foi a primeira temporada de ‘Os Dez Mandamentos’, em 2015, com média de 16 pontos.
No canal de Silvio Santos, ‘A Pequena Travessa’, de 2002, consta como a última trama com resultado surpreendente no Ibope: 14 pontos.
À tarde, as reprises da Record e as mexicanas do SBT disputam telespectador por telespectador.
Novelas como ‘Sortilégio’, ‘Um Caminho para o Destino’, ‘Ribeirão do Tempo’ e ‘Bicho do Mato’ marcam entre 6 e 7 pontos.
Nada mal se consideramos que a inédita ‘Belaventura’, que exigiu investimento milionário da Record, rende a insatisfatória média de 6 pontos no Ibope às 19h45.
Tanto SBT quanto Record acertaram na decisão de segmentar a produção de novelas: uma aposta em enredos com apelo infanto-juvenil, a outra mira em folhetins de época.
Contudo, ambas ainda não conseguem resultado suficiente para consolidar a vice-liderança de audiência com margem relevante tampouco se aproximar da Globo.
Não faltam bons autores, diretores, atores e técnicos. O problema, talvez, seja a falta de ousadia nos temas abordados.
Hoje, toda novela precisa ecoar nas redes sociais. A pontuação no Ibope está ligada à repercussão na web. E isso não acontece sem tramas e personagens com pitadas de transgressão e polêmica.
Para atingir o sucesso, uma telenovela precisa ser mais do que bem-feita. Necessita tirar o público do piloto-automático diante da TV.
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