Telejornal ‘mata’ político com sete dias de antecedência
Teste de vídeo com o obituário de uma personalidade ainda viva provocou susto e vexame
Início da tarde de 31 de dezembro de 2016. Ao vivo, a apresentadora do noticiário da SIC, emissora parceira da Globo em Portugal, anunciava reforço na segurança das cidades europeias para o Réveillon.
De repente, no canto do vídeo, surge a imagem do ex-presidente e ex-primeiro ministro Mario Soares, com o ano de nascimento dele, 1924, e a indicação do ano de sua morte – 2017.
Naquele momento o político estava vivo, obviamente. Como poderia ter morrido em um ano que ainda nem havia começado? Ele viria a morrer uma semana depois, em 7 de janeiro, após um período de internação.
A gafe teve explicação óbvia: a equipe do telejornal fazia um teste com o obituário de Soares, já que a morte parecia iminente.
Dezenas de telespectadores entraram em contato com o canal para ter mais notícias. Muitos ficaram revoltados com o ‘alarme falso’. “A SIC agora prevê o futuro?”, escreveram alguns em redes sociais.
Nas redações de TV é comum preparar reportagens biográficas e vinhetas de uma personalidade midiática muito doente. Esse material agiliza a cobertura do fato previsível.
Mas basta um comando errado para produzir um erro grosseiro, como anunciar o falecimento de quem ainda está vivo.