Tony Ramos defende qualidade da Friboi: “dou a cara a tapa”
Ator continua a consumir carne da JBS apesar de ter rompido contrato publicitário com a empresa
Na noite de sexta-feira (30), o assunto principal da conversa entre Pedro Bial, do ‘Conversa com Bial’, e Tony Ramos era o diabo.
O capeta propriamente dito e o personagem diabólico interpretado pelo ator em ‘Vade Retro’. Mas o bate-papo caiu em outro tema infernal: a ligação do artista com a Friboi.
Logo no início, Tony reafirmou sua posição diante da polêmica: “Sou uma pessoa transparente mesmo. Não fujo às perguntas, não fujo da raia. Dou a cara a tapa”. E deu mesmo.
O astro das novelas foi corajoso ao afirmar sua convicção no trabalho realizado como garoto-propaganda da marca de carnes investigada em operações policiais, inclusive a Carne Fraca. “Nunca vou me envergonhar. O produto era bom.”
E foi além: aceitaria estrelar nova campanha publicitária da Friboi. “Se nada for provado e me chamarem de novo, farei sim”, avisou.
Revelou ainda ter em sua casa produtos da marca. “Comi e continuo comendo”, disse ele, que costuma assumir a churrasqueira em reuniões familiares no fim de semana.
Nos supermercados, boa parte dos produtos da indústria de Joesley e Wesley Batista agora são apresentados com a etiqueta ‘Do Chef’, uma manobra para driblar a rejeição popular ao nome Friboi.
Tony Ramos, de 68 anos, é um dos atores mais respeitados e admirados da televisão brasileira. Seu carisma e credibilidade valem muito, literalmente.
Estima-se que recebia 5 milhões de reais a cada seis meses para associar sua boa imagem aos artigos alimentícios da JBS.
A companhia até tentou emplacar outra estrela, o cantor Roberto Carlos, mas a estratégia falhou e Tony permaneceu como principal nome dos comerciais da Friboi.
O escândalo JBS-Friboi, apesar de ter gerado constrangimento ao veterano da Globo, não abalou a confiança e a simpatia que o público sempre teve por ele.
Tony foi, assim como todos os brasileiros, surpreendido pelas manchetes de suposta carne estragada e gigantesco esquema de corrupção. A diferença é que o artista se desvincula da JBS com a conta bancária recheada.
Já os consumidores anônimos seguem com o caso entalado na garganta – e pagando muito caro para comer um bife de vez em quando.