Bolsonaro: atentado faz jornalistas da GloboNews pedirem paz
Tendência é que o telejornalismo passe a militar contra o radicalismo político e o risco de violência nas eleições
“Triste episódio para a nossa democracia”, lamentou Gerson Camarotti, um dos mais respeitados jornalistas políticos do País, em participação na GloboNews. “O que aconteceu hoje é um alerta: é isso que a gente quer para a nossa democracia?”
O canal de notícias do Grupo Globo iniciou uma cobertura especial do atentado contra Jair Bolsonaro por volta das 16h30 desta quinta-feira (6). A âncora Leila Sterenberg coordenou os vários comentaristas acionados pela emissora.
A apresentadora ressaltou a importância de não confundir “adversário com ‘inimigo”. “Inaceitável, injustificável”, insistiu Camarotti ao falar do risco que o atentado traz ao processo eleitoral. “Esse episódio precisa gerar reflexão. É necessário que toda a sociedade repudie essa violência com veemência.”
Andréia Sadi disse que muitos candidatos à Presidência defendem que é “hora de pacificar o País”. “Esse discurso precisa ser levado a sério”, ressaltou a repórter.
Durante a transmissão ao vivo, os jornalistas lembraram outros atos violentos contra políticos, como os tiros contra um ônibus da caravana de Lula, em março deste ano, e uma picareta jogada contra um veículo conde estava o então presidente José Sarney, no início da redemocratização pós-ditadura, na década de 1980.
Outro tema discutido na cobertura foi o clima de tensão que divide os brasileiros nesta campanha. “A gente vê brigas e confusão em WhatsApp de família”, comentou o jornalista Otávio Guedes. “Política sempre desperta muita paixão.”
Ao analisar a tentativa de homicídio contra Jair Bolsonaro, Andréia Sadi lembrou que o tema recorrente nesta corrida eleitoral é justamente a solução para o caos na segurança pública.
“Dia grave para a história política do Brasil”, anunciou Leilane Neubarth ao abrir o ‘Edição das 18h’, dando sequência à cobertura especial da GloboNews.
“Claramente é um atentado à democracia em decorrência dessa radicalização do Brasil”, observou a comentarista Cristiana Lôbo.
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