Bruna Di Tullio relembra infância para atuar em 'Vitória'
A atriz Bruna Di Tullio fala sobre o mundo dos cavalos com certa propriedade. Para encarar o mundo hípico, a intérprete da joqueta Luciene de Vitória, novela das 21h da Record, não precisou sair de seu ambiente familiar. Criada no haras do pai, em Campinas, a atriz de 32 anos recupera momentos da infância para encontrar o tom ideal em sua interpretação. "Não tem como lidar com cavalos sem ser apaixonada por eles. Temos de abandonar certas frescuras", opina ela, que se mudou para a capital de São Paulo, com apenas 18 anos para se arriscar no meio artístico.
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"Moro no Rio de Janeiro há um tempo, mas tive de ir para esses centros porque temos de nos aperfeiçoar e mostrar para que viemos", ressalta. No folhetim, com um tom ambicioso, Luciene faz de tudo para se tornar uma competidora fixa do Haras Altacyr Ferreira. Por isso mesmo, sua personagem conflita com a protagonista, Diana, de Thaís Melchior. Apesar da gana do papel em conseguir uma melhor posição nos torneios, Bruna não enxerga Luciene como uma aspirante a vilã. "Ela não tem papas na língua e fala mesmo o que vem na cabeça", defende a atriz, que exemplifica sua opinião com a cena em que a personagem se arrepende de tentar fazer mal à égua Vitória. "Ela é explosiva, mas, no fundo, se arrepende", analisa.
Apesar da intimidade com o tema central da novela, Bruna se envolveu inteiramente nos laboratórios fornecidos pela emissora, ainda na fase de preparação de elenco. "Mesmo com o contato desde muito nova, mergulhei fundo como em qualquer outro papel", frisa. Com isso, a atriz se esforçou para cumprir diversos treinamentos que a remeteram à época em que montava na sua cidade natal. "O jóquei tem uma outra pegada e precisava recordar a parte de condicionamento e equilíbrio", conta ela, que absorveu também macetes de profissionais da área. "Peguei gírias, pois tem toda uma linguagem adequada", constata.
Para as cenas de ação propostas no texto de Cristianne Fridman, a atriz ressalta a concentração especial de toda a equipe quando os cavalos aparecem nas sequências. "Eles não estão em seu habitat natural e são extremamente sensíveis. Além disso, ainda têm de lidar com os aparatos da televisão", conta. Devido ao cuidado minucioso, Bruna revela que usa dublês em determinadas etapas, até mesmo para dar uma certa fluidez diante das câmaras. "Se eu caio, atraso a novela. Os profissionais estão mais prontos para determinadas situações", pondera.
Com 10 anos de experiência no audiovisual, desde a sua estreia em 2004, como a Margarida de Um Só Coração, da Globo, a atriz foi, aos poucos, ganhando mais notoriedade após ir para Record, onde fez uma participação expressiva como Sônia, uma paciente de câncer terminal, em Máscaras, de 2012. De lá para cá, Bruna garante que não costuma se autocriticar a cada fim de trabalho. "Não podemos nos condenar. O importante é darmos o nosso melhor", filosofa ela, que divide seu tempo entre os "sets" com a criação de seu filho de um ano. "A emissora me facilita muito e sabe da necessidade que tenho de estar com meu filho também. Estou focada somente na novela, pois gosto de estar inteira", conta.