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'Cancelada', Jovem Pan estuda estratégia para recuperar imagem e anunciantes

O grupo de comunicação vai decepcionar os bolsonaristas que querem uma programação ferozmente anti-Lula

12 jan 2023 - 09h25
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Após morder com força, a Jovem Pan agora assopra com o máximo fôlego. A rede de rádios e seu canal de TV JP News tentam se descolar do rótulo de ninho da extrema-direita para garantir a sobrevivência do negócio.

O recente afastamento dos comentaristas com discurso mais radical, semanas depois da demissão de outros jornalistas vistos igualmente como extremistas, é uma tentativa de salvar a imagem estraçalhada.

A renúncia de Tutinha Amaral da presidência da empresa e a ascensão ao cargo do CEO Roberto Araújo também são um aceno. Mais do que isso, uma bandeira branca.

A Jovem Pan parece se retirar da guerra ideológica do capitão Bolsonaro assustada com a investigação do Ministério Público Federal por disseminação de fake news, a perda de vários anunciantes pressionados pelo movimento Sleeping Giants Brasil e a desmonetização no YouTube. 

O grupo que completou 80 anos em 2022 não pode contar com os ‘patriotas’ que depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília nem com os parlamentares à sombra do ex-presidente. Terá de se virar sozinho para tentar evitar punições.

O Sala de TV apurou uma das medidas estudadas pela direção: contratar apresentadores e comentaristas com reputação positiva, sem nenhuma associação com a ferocidade dos discursos contra a esquerda e Lula, nem com posicionamentos antidemocráticos.

As recentes dispensas na Globo e na CNN Brasil deixaram bons profissionais em busca de uma nova vaga no telejornalismo, porém, a maioria deles não vai querer arriscar a credibilidade construída ao longo de décadas na desgastada Jovem Pan News.

O possível ‘cavalo-de-pau’ na linha editorial, conduzindo a TV para o centro no espectro político, pode gerar um efeito colateral: o boicote de parte dos radicalistas e, consequentemente, queda no ranking de audiência.

Em uma democracia, não há problema em existir um canal à direita. Na verdade, é até desejável para ampliar a pluralidade de ideias. Quanto mais debates para o telespectador assistir, melhor.

O problema surge quando esse direitismo passa a flertar com declarações que promovem a intolerância, o totalitarismo e um ataque ao Estado de direito.

A Jovem Pan não precisa deixar de representar o conservadorismo clássico, basta dar marcha à ré para se afastar do extremismo.

Nos últimos dias, os jornalistas da Jovem Pan News baixaram o tom ao comentar o governo e os atos antidemocráticos
Nos últimos dias, os jornalistas da Jovem Pan News baixaram o tom ao comentar o governo e os atos antidemocráticos
Foto: Reprodução
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