Como a Record mantém a vice-liderança no Ibope e complica a vida do SBT
Canal da Barra Funda se beneficia de fenômeno inesperado de audiência e da força de seu jornalismo
A Record terminou 2024 com demissões, inclusive de repórteres veteranos, mas o fim de ano trouxe uma boa notícia à emissora: a manutenção do 2º lugar no Ibope.
Na principal média, das 7h à meia-noite, entre janeiro e dezembro, o canal registrou 5,1 pontos. Seu principal concorrente, o SBT, ficou com 3,4 pontos.
Na faixa das 7h ao meio-dia, a emissora do bispo Edir Macedo venceu a TV do clã Abravanel por 3,2 pontos a 2,3 pontos.
O SBT tentou crescer no horário com o ‘Chega Mais’, porém, o programa durou apenas 9 meses. Não rendeu a audiência esperada, apesar do conteúdo agradável.
À tarde, a força do jornalismo popular do ‘Cidade Alerta’ deixou o placar em 5,5 a 3,5 para o canal da Barra Funda. Ainda que apelativa, a cobertura policial agrada a muitos telespectadores.
Na reta final de 2024, o ‘Fofocalizando’ regiu no Ibope e a estreia do ‘Tá na Hora com Datena’ trouxe mais público, mas não deu tempo de o SBT tentar reverter a vantagem do adversário.
A briga no horário nobre foi marcada pelo fenômeno da novela turca ‘Força de Mulher’. Ajudou a Record a marcar média de 6,2 pontos entre 18h e meia-noite, enquanto o SBT conseguiu 4,3.
Outro destaque é o ‘Jornal da Record’, geralmente o 1º ou 2º programa mais visto do dia na emissora. Confirma a tese de que o noticiário ao vivo deve ser um pilar da programação na TV aberta.
Em fase de reformulação, o SBT precisa de novidades para se tornar mais competitivo. A substituição de atrações deficitárias e o investimento em transmissões do futebol podem ajudá-lo a diminuir a distância da Record.
Os dados apresentados neste texto são da aferição realizada na Grande São Paulo, a área mais importante para o Ibope, usada pelo mercado publicitário para direcionar grandes verbas publicitárias.