Comovidos, repórteres trabalham ao vivo sob forte chuva
Na GloboNews, André Coelho e Chico Regueira se mostram abatidos ao narrar novas mortes pouco mais de 1 mês após catástrofe em Petrópolis
Vida de repórter de externa não é fácil. Vive-se os dramas da realidade. Na manhã desta segunda-feira (21), duas equipes da GloboNews precisaram cumprir sua missão debaixo de chuva para relatar novas enchentes, deslizamentos e vítimas em Petrópolis, na serra fluminense.
Numa entrada ao vivo, André Coelho estava com as canelas cobertas por água barrenta em uma avenida que virou rio. De capuz, ele tentava proteger o rosto da chuva fria e verbalizou a preocupação de que o microfone fosse danificado.
Pouco depois, Chico Regueira surgiu na tela da emissora de outro ponto da Cidade Imperial. O experiente jornalista não disfarçava o desalento com a situação. Precisou tirar os óculos de grau porque não enxergava com as lentes embaçadas pela chuva, que também afetou a imagem da câmera.
O repórter estava visivelmente afetado pelo que via e narrava. Pouco antes do ‘ao vivo’, havia gravado entrevista com um pai que perdeu um filho na inundação de fevereiro. Ainda que o protocolo profissional peça distanciamento emocional, os dois jornalistas não tinham como disfarçar a tristeza ao testemunhar a repetição da calamidade.
Infelizmente, sabemos que a mesma pauta será feita outras vezes. Certas notícias se repetem, desgraçadamente. Cabe ao jornalismo continuar a mostrar, questionar, denunciar e, sobretudo, humanizar os personagens das nossas tragédias sem fim.